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Home Política

As 5 mentiras sobre o coronavírus que Bolsonaro contou hoje

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
01/03/2021 - 16:28
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Por Eduardo Militão e Fábio Castanho, do UOL — O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez pelo menos cinco afirmações falsas sobre a pandemia de coronavírus na manhã desta segunda-feira (1º), numa conversa com apoiadores que o aguardavam no jardim do Palácio do Alvorada. Ele disse que mortes por coronavírus interessam a “alguns setores da sociedade brasileira”. O presidente afirmou que “alguns políticos” preferem que os pacientes fiquem em “estado grave” nos hospitais.

 

As declarações equivocadas do presidente tratavam de número de mortes por milhão no Brasil, do chamado “tratamento precoce”, de efeitos colaterais de medicamentos, da eficácia do isolamento e da compra de vacinas vinculadas a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na mesma conversa, o presidente disse que “não errou nenhuma” de suas avaliações e previsões sobre o coronavírus. “Desculpe pessoal, não vou falar de mim, mas não errei nenhuma. Não precisa ser inteligente para entender isso, tem que ter o mínimo de caráter. Só quem não tem caráter joga ao contrário.” Segundo Bolsonaro, ele anteviu que o isolamento físico traria problemas psicológicos às pessoas.

Bolsonaro cumprimentar apoiadores sem máscara, em plena pandemia.

1. Anvisa alertou para risco de medicamentos citados

Bolsonaro afirmou aos militantes que alguns remédios defendidos por ele contra a covid-19 não teriam efeitos colaterais. “Esses de tratamento precoce, ivermectina, hidroxicloroquina, Annita, seja o que for… não tem efeito colateral, por que não tomar?”, disse o presidente. “Parece que, quanto mais morrer, melhor é para alguns setores da sociedade brasileira.”

No entanto, pelo menos no caso da hidroxicloroquina e da ivermectina, os efeitos colaterais constam na bula dos próprios medicamentos. No caso da primeira, a Anvisa publicou um documento técnico relatando estudos que ligam reações no sistema cardíaco ao uso do remédio no tratamento para covid. A agência europeia (EMA) ligou a cloroquina a distúrbios psiquiátricos e comportamentos suicidas.

Sobre a ivermectina, a Anvisa divulgou um alerta em julho sobre “uma série de riscos à saúde”.

Anvisa e OMS alertaram para risco do uso de medicamentos como a cloroquina.

2. “Tratamento precoce” não tem comprovação

Bolsonaro disse que busca em outros países estudos que comprovem a eficácia do que ele chama de “tratamento precoce”. “Quando tem matéria da imprensa que falar de tratamento de outros países, mandamos para o embaixador confirmar né. E alguns países têm confirmado tratamento precoce que tem dado certo. O que mandei agora é Coreia do Sul, seria com a cloroquina.”

No entanto, os tratamentos precoces mencionados por Jair Bolsonaro não têm comprovação de que funcionam.

No site da Anvisa, responde à pergunta “qual a situação da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19?”: “A Anvisa, da mesma forma que o FDA [agência dos Estados Unidos], não recomenda o uso indiscriminado desse medicamento, sem a confirmação de que realmente funciona.” Ao aprovar vacinas para uso emergencial, em 17 de janeiro, a agência afirmou que não existe tratamento para a doença.

Uma publicação médica citada como base para o uso do remédio não endossou tal posição. O Ministério da Saúde chegou a retirar do ar um aplicativo que “receitava” hidroxicloroquina.

A ivermectina é produzida pela farmacêutica Merck Sharp and Dohme (MSD), nos EUA. A própria empresa disse não haver base científica que indique efeitos terapêuticos contra a covid-19 nos estudos pré-clínicos já publicados.

Gestão do Governo Federal é alvo de inquérito após crise em Manaus. | Foto: Bruno Kelly

3. Isolamento funcionou no Amazonas

Governadores de alguns estados decretaram restrições mais duras à circulação de pessoas para frear a contaminação pela covid-19, que ficou mais rápida com a chegada de novas variantes do vírus, e a alta da ocupação de leitos hospitalares.

A média móvel de mortes passou de 319 pessoas por dia em novembro para 1.200 agora.

Hoje, Bolsonaro reclamou da política de fechar comércio não-essencial. “Se não me engano 9 estados estão fechando tudo. Não deu certo ano passado.”

Porém, a declaração contraria a avaliação dos principais epidemiologistas do Brasil. Segundo eles, a queda de casos e óbitos verificada no segundo semestre de 2020 é reflexo do distanciamento físico. O recrudescimento da pandemia em 2021 tem como origem o relaxamento das medidas restritivas, principalmente no período de fim de ano.

No Amazonas, que enfrenta uma nova cepa do vírus, depois semanas de confinamento e restrições à circulação de pessoas, o governo observou que as mortes caíram. Houve queda de 35% em duas semanas, caindo de 140 óbitos diários para 83.

A recomendação dos principais órgãos nacionais de Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) é a mesma desde o início da pandemia: o distanciamento físico diminui a disseminação do novo coronavírus e evita que os hospitais entrem em colapso.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, recebe o carregamento de vacinas vindas da Índia. | Foto: Marcelo Chello

4. Governo comprou vacinas sem aprovação da Anvisa

Bolsonaro disse aos apoiadores hoje que, neste mês de março, chegarão 22 milhões de doses de vacinas ao Brasil. Ele reclamou de críticas. Afirmou que só seria possível comprar imunizantes depois da aprovação da Anvisa. “Alguns criticam… mas só podia comprar depois de Anvisa autorizar”, disse o presidente hoje. “Não é comprar qualquer coisa que aparecer. Começou essas vacinas a serem certificadas pela Anvisa e estamos comprando; mas o Brasil é o sexto que mais vacina.”

Na verdade, o governo brasileiro negociou vacinas antes de sua aprovação pela agência.

As vacinas produzidas pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, foram compradas a partir de uma Medida Provisória assinada por Bolsonaro em agosto do ano passado. O presidente liberou R$ 2 bilhões.

As primeiras cargas da vacina do Butantã, em parceria com a Sinovac, também foram negociadas antes. Elas chegaram a São Paulo em novembro.

Ambas as vacinas, a da Fiocruz e a do Butantã são aplicadas pelo governo federal hoje. Mas elas só foram aprovadas —- para uso emergencial —- pela Anvisa no início de janeiro de 2021, depois do acerto para suas compras.

Em fevereiro de 2021, o próprio governo de Bolsonaro assinou contrato com a Covaxin. A empresa não fez ainda o pedido de registro ou de uso emergencial à Anvisa.

Por outro lado, o governo federal recusa-se a assinar contrato com a vacina da Pfizer, que é a única com registro definitivo aprovada pela Anvisa, por ser contra uma cláusula de responsabilidade. Mas esse acordo foi fechado da mesma forma com a Astrazeneca.

Agentes de saúde municipais se preparam para examinar o corpo de uma pessoa em meio ao surto de coronavírus em Manaus | Foto: Bruno Kelly

5. Estado com mais óbitos proporcionalmente é o Amazonas

Adversário político do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro disse que o estado teve mais mortes proporcionalmente. Ao final dos comentários, mencionou ausência de certezas.

No início, destacou que São Paulo seria o local que fez mais confinamentos —- os chamados “lockdowns” —- e o que teve mais mortes em relação ao número de habitantes. “Tem um estado que, por milhões de habitantes, mais tem óbito é São Paulo, o que fez mais lockdown”, continuou o presidente.

Bolsonaro disse que não ter certeza se São Paulo foi o estado que mais seguiu recomendações científicas. “O que mais —- não vou falar isso aí porque não tenho certeza —-, mas é o estado onde mais se diz estar ao lado da ciência.”

Ao contrário, a maior quantidade proporcional de mortes aconteceu no Amazonas. Segundo os dados do próprio Ministério da Saúde, São Paulo tinha, até as 18h40 (de Brasília) de ontem, uma mortalidade de 129,6 por 100 mil habitantes. Outros oito estados têm índices superiores.

O Amazonas lidera o grupo, com média de 262 mortes por 100 mil habitantes. O estado enfrenta uma nova variante de coronavírus e teve crise de desabastecimento de oxigênio a partir do final do ano e início de janeiro.

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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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