Com informações da Assessoria de Imprensa
“Se nós implantarmos uma governança pode a esperança renascer no Brasil.” A afirmação foi do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes durante sua palestra no InovaFundaj, iniciativa da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) que coloca em pauta governança pública e inovação para gestores públicos e membros da sociedade. O evento foi pensado por meio da Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) e teve sua primeira edição nesta segunda-feira (7), no Cinema da Fundação, campus Derby da Fundaj.

“Ficamos alegres com a inauguração de uma série de palestras sobre gestão pública, inovação e políticas públicas. Além de instituir governança na Fundaj, iremos propor questões de governança para fora da Casa”, afirmou o presidente Antônio Campos sobre a primeira edição do InovaFundaj. Ele explica que planejamento, controle e métrica são as iniciativas capazes de gerar bons frutos no serviço público. “A Fundação está iniciando nesta gestão um programa mais forte de governança. A portaria 244 designa uma equipe inteira de apoio para implantação para governança, riscos e controle da Casa,” afirmou.

O ministro Nardes deu início a sua palestra colocando a governança como pilar de avaliação de desenvolvimento entre nações. Ele explicou que a origem grega da palavra ‘governança’, kubernaein, significa dirigir, dar direção a um navio. “Ultimamente o Brasil está sem esse norte.”
O mundo hoje está muito competitivo e o mundo 4.0 significa que temos que nos adaptar a essa mudança e organizar a casa para entregar resultado para a sociedade, seja na educação, na saúde, na infraestrutura, na segurança, ou em qualquer setor.”
Comparando a governança brasileira com a de países mais desenvolvidos, Nardes mostrou que as nações que alcançam seus objetivo tomaram atitudes para implementar a governança e acabar com a improvisação. “Nós ainda temos a cultura do ‘jeitinho brasileiro’. Temos que ter racionalidade, planejamento estratégico e avaliação de riscos, que, inclusive, são complementares.” De acordo com ele, o fundamental para quem é gestor público é saber diferenciar a governança de gestão. “Quem não souber a diferença acaba tomando decisões precipitadas. Governar, de fato, significa chegar em um porto seguro. Governar na improvisação é o que vem acontecendo aqui nos últimos anos. A desgovernança é o maior problema do Brasil. É não ter avaliação de risco.”
Em conversa com os ministros da gestão do presidente Jair Bolsonaro, Nardes apresentou a mesma palestra que trouxe ao InovaFundaj. “Estamos em uma jornada para implantar isso em todo Brasil, o que me traz aqui na Fundação. Quero complementar a instituição pela abertura dessa temática. Governança pública é um feito difícil para um país com as dimensões do Brasil. Mas, em alguns meses montando estratégias, você terá condições de comandar a administração.”
A boa governança garante uma perspectiva para atrair investimentos, segundo o ministro. “Os investidores só investem quando têm confiança. E isso se adquire quando se sabe o planejamento de curto, médio a longo prazo.” O conjunto de boas práticas utilizadas para esse objetivo envolve liderança, estratégia, controle, avaliação de risco eficiência, efetividade, racionalidade. Ele frisou ainda que o papel da Fundação Joaquim Nabuco, com toda sua liderança, é disseminar a temática para governantes de Pernambuco e do Nordeste, de forma a estabilizar a região como potência turística.








