Por Ricardo Antunes — Renan Calheiros (MDB), vai mesmo ser relator da CPI da Covid. É uma péssima notícia para o governo. O seu nome já incomodava aliados do Palácio do Planalto, pois o senador tem sido crítico incisivo nas suas posições sobre como o presidente e ministros se comportam na gestão da pandemia.
O senador já disse que Jair Bolsonaro “errou” e se “omitiu” na condução da pandemia e que o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello “foi muito mal” em sua gestão. “Nunca convivi com um ministro tão medíocre”, diz ele.
Além de Calheiros, Humberto Costa (PT) e Eduardo Braga (MDB), formam um grupo que tenta emplacar uma CPI que não seja “chapa-branca”. Por outro lado, o governo busca nomes menos hostis para a condução da Comissão.
A ideia do grupo dos independentes e da oposição, não é fazer uma CPI exageradamente barulhenta. A sobriedade foi defendida por mais de um desses integrantes, que dizem que, os fatos por si só, são graves o suficiente.
A falta de oxigênio em Manaus, as medidas que deixaram de ser tomadas em relação a compra de vacinas e a priorização da compra de medicamentos sem comprovação científica, “são fortes o suficientes para serem colocados em investigação”, dizem eles.
Em resumo, a oposição prepara uma verdadeira “operação de guerra” para a CPI, que o governo fez de tudo para não sair.
É isso.
ALVO
O chefe da PF do Amazonas, Alexandre Saraiva, que foi substituído após abrir uma notícia-crime contra o ministro Ricardo Salles, é citado como ‘alvo a ser abatido’ em conversa de investigados. Mensagens encontradas pela PF mostram interesse de madeireiros em tirá-lo do cargo.

CRÍTICO
Em suas recentes críticas à atuação do ministro do Meio Ambiente, o delegado disse que nunca tinha visto um ministro ser contra uma ação cujo objetivo é preservar a floresta amazônica. Faz sentido.
BOLA FORA
Após a troca, assessores de Jair Bolsonaro creem terem cometido um erro. Segundo eles, o novo diretor da PF, Paulo Maiurino, deveria ter esperado pelo menos a realização da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, na próxima semana, para fazer a mudança.
AUMENTO
Pela primeira vez no mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governo incluiu na estrutura do Orçamento uma autorização de reajuste salarial aos servidores públicos federais. A liberação foi inserida nas diretrizes orçamentárias para 2022, ano de eleições presidenciais.
EXCEÇÃO
Desde o início do mandato de Bolsonaro, sob orientação do ministro Paulo Guedes (Economia), os aumentos para servidores foram travados. A única exceção aberta pelo governo foi o aumento concedido a militares, que seguiram com o direito ao benefício.
SOB NOVA DIREÇÃO
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou Joaquim Silva e Luna para o cargo de presidente da companhia, além de quatro nomes dos quadros internos da empresa que vão liderar quatro diretorias executivas, segundo fato relevante publicado nesta sexta-feira.

BOA NOTÍCIA
O Brasil atingiu nesta sexta-feira (16) a marca de 25,7 milhões de vacinados contra a covid-19. Até agora, 25.777.943 pessoas receberam pelo menos uma dose de imunizante contra a doença, o que corresponde a 12,17% da população do país.
APELO
O governador Paulo Câmara participou, nesta sexta-feira (16), de reunião online do Fórum de Governadores do Brasil com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). O grupo solicitou auxílio na viabilização de mais vacinas, com o intuito de acelerar o processo de imunização no País e deter a disseminação da doença.
VACINAS
Pernambuco já aplicou mais de 1,5 milhão de vacinas contra a Covid-19, das quais 1.156.508 foram primeiras doses. O estado tem uma população estimada em 9,278 milhões de habitantes.

PENHORA
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a penhora dos direitos autorais do livro “Tchau Querida”, de Eduardo Cunha. A obra promete “detalhes inéditos” sobre a batalha do ex-presidente Michel Temer (MDB) para derrubar Dilma. De acordo com o tribunal, os valores penhorados servirão para o pagamento de honorários advocatícios.
FORA DE CENA
Acaba a era da família Castro no poder em Cuba. Raúl Castro, de 89 anos, anunciou nesta sexta-feira (16) que está deixando o comando do Partido Comunista cubano, encerrando um período de mais de seis décadas em que ele e Fidel Castro —seu irmão mais velho, morto em 2016— estiveram na liderança do país. O ungido para a chefia do PC cubano é Miguel Díaz-Canel, de 60 anos, que já detém o cargo de presidente.
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Coluna do Ricardo Antunes, Sexta-Feira, 15/04/2021.
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*Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelo principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.
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