Por Ricardo Antunes
Dei um giro por Brasília, Rio e São Paulo nos últimos dias e uma constatação ganha força: O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deverá ocupar a cadeira que foi de Dilma e de Michel Temer. Discreto, ele tem tido, reservadamente, que Temer “perdeu as condições políticas” de continuar no cargo. A declaração, ontem, do presidente interino do PSDB, Tasso Jeiressatti em favor do seu nome e a “resposta” de Maia de que “não vai mexer na equipe econômica” era a senha que faltava: O “breve” Governo Temer está derretendo.
Era o dia 21 de Maio quando esse blog descartou as possibilidades em torno de Carmem Lúcia, Nelson Jobim e Henrique Meireles para a eventual substituição de Temer. “O Congresso não tem vocação para a autofagia”, apostava o blog que completava que o sucessor do presidente sairia mesmo do legislativo; “O filho do ex-governador César Maia, recebeu também grana da Odebrecht mas quem se interessa por isso dentro da bolha que é o Congresso? Além disso é um nome, segundo interlocutores ouvidos pelo blog, que sinaliza com a permanência de Henrique Meirelles na Fazenda e pode tocar as reformas que o presidente Temer perdeu as condições de fazer. Anotem esse nome.”.
Não deu outra. Vitima dos seus próprio erros e do auto engano que o Palácio do Planalto, por vezes provoca, Michel Temer está por um fio. Perde aliados a cada dia no Congresso, entre os partidos e, com a quase certeza que o relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) vai aceitar a denuncia de Janot na CCJ vai perder também a cadeira de presidente. O mercado já trabalha com uma breve substituição para que o país possa a ter o mínimo de estabilidade economica e política para fazer a travessia para 2018
Nunca é demais lembrar: A destituição de um presidente não é e nunca será um fato jurídico. Com provas robustas ou apenas com ilações ela obedece apenas a um critério; O político. Com o voto do relator aceitando a denuncia ( mesmo que ela seja derrotada na CCJ) ela vai ao plenário onde sob a lua dos holofotes e da transmissão ao vivo da Globo os deputados vão pensar mais em 2018 do que nas benesses recebidas.
Some se a isso, o mercado ávido para o fim da crise política e a baixa popularidade do presidente e a conclusão é apenas uma: O Governo Temer está com seus dias contados.







