Por Bela Megale de O Globo
Um dia após parlamentares entrarem com um pedido de expulsão de Eduardo Bolsonaro do partido, o PSL de São Paulo, presidido por ele, enfrentará um julgamento decisivo para tirar o diretório estadual do sufoco financeiro.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo marcou para a próxima terça-feira (29) o julgamento das contas do diretório paulista do PSL de 2015. Se a corte encontrar irregularidades, a representação da sigla em São Paulo continuará sem acesso a recursos do fundo eleitoral. Se tudo correr bem, o acesso à parte do dinheiro pode ser liberado. Além disso, a legenda, que está de olho na prefeitura da capital, corre o risco de não poder lançar candidatos em 2020.
Até a crise no PSL ser deflagrada, a advogada Karina Kufa vinha tocando o processo. Ela chegou a conseguir, junto ao TRE, o adiamento do julgamento das contas de 2015 para levantar os documentos que faltavam. No entanto, o material não foi encaminhado pela sigla. Há duas semanas, Karina se desligou dos processos do partido para atuar com exclusividade em casos do presidente Jair Bolsonaro.
As contas de 2016 também enfrentaram problemas e o partido só conseguiu disputar as eleições em 2018 no Estado porque teve uma decisão liminar para restabelecer o diretório. As prestações de 2017 e 2018 ainda não foram julgadas pelo TRE.







