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Home Cultura

Globo sofre com saída em massa dos atores. Entenda o porquê

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
23/09/2021 - 10:51
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*Por Guilherme Ravache, do UOL — Lázaro Ramos saiu da Globo rumo ao streaming. Ingrid Guimarães seguiu o mesmo caminho. Isto somente essa semana, mas a lista de estrelas da Globo e outras emissoras trocando a TV aberta pelo streaming não para de crescer. O que explica esse fenômeno?

Em 2013, Ted Sarandos, atual co-CEO da Netflix, disse uma frase que ficou famosa: “O objetivo da Netflix é se tornar a HBO mais rápido do que a HBO possa se tornar a Netflix”. A HBO era a grande referência para séries. Família Soprano, Sex and The City, The Wire e Game of Thrones são alguns dos muitos sucessos do canal que dominava as premiações e o imaginário dos fãs de TV.

Desde a declaração de Sarandos, o crescimento do streaming disparou e a migração dos usuários da TV para o online acelerou. A Netflix agora ganha tantos prêmios quanto a HBO e suas produções se tornaram presença constante no Oscar.

A Netflix pode até declarar vitória. Enquanto a Netflix tem 209 milhões de assinantes, a HBO Max, plataforma de streaming da HBO, tem apenas 67 milhões de assinantes no mundo. Para piorar, enquanto o valor de mercado da Netflix disparou e a empresa passou a dar lucro no ano passado, os prejuízos na WarnerMedia, dona da HBO, levaram a AT&T a vender a WarnerMedia e a HBO para o grupo Discovery.

Ingrid Guimarães deixa a Globo após 28 anos e assina contrato com a Amazon

TV aberta rumo ao streaming

Agora, com a Netflix na liderança mundial do streaming e muito à frente da HBO, se você fizer a mesma pergunta a Sarandos, possivelmente ele dirá que o plano da Netflix é se tornar a Globo antes que a Globo se torne a Netflix. Ou ainda, que o plano da Netflix é se tornar TV antes da TV se tornar streaming.

Ao longo dos anos, a Globo realizou um investimento bilionário no Globoplay e não esconde que o digital é sua prioridade. A emissora carioca não é a única. A WarnerMedia e a Disney, dona de dezenas de canais de TV, incluindo a ESPN, também fizeram do streaming sua grande aposta. Por todo o mundo empresas de TV investem bilhões em streaming.

Para a Netflix, Amazon Prime e demais plataformas de streaming que não nasceram dentro de empresas de TV, se tornar TV antes que a TV se torne streaming traz diversas oportunidades.

O streaming precisa atrair novos assinantes no Brasil para compensar desaceleração nos mercados desenvolvidos.

Na batalha pela atenção, vence o conteúdo

Se a TV vai virar streaming como os números apontam, o que irá diferenciar uma plataforma da outra? Basicamente, o conteúdo. E isso explica porque a Netflix deve gastar mais de R$ 100 bilhões em produções originais em 2021. A tecnologia para criar um streaming ainda é um desafio, mas cada vez mais se torna uma commodity.

As plataformas de nuvem e gestão de dados para streaming são fornecidas por empresas terceirizadas disponíveis a qualquer cliente. A nuvem da Amazon, por exemplo, é usada pela Netflix, Disney+, HBO Max e Amazon Prime. O Globoplay usa a tecnologia de nuvem do Google, que ainda hospeda o YouTube, Discovery, Sky e FuboTV.

Mas se tecnologia é replicável no streaming, conteúdo de qualidade é complexo e depende de negociações com os talentos. Um profissional versátil e do porte de Lázaro Ramos pode trabalhar em qualquer emissora ou streaming. A Globo certamente não queria perdê-lo. Mas como qualquer empresa, para segurar um funcionário insatisfeito, ou ela paga mais ou oferece mais liberdade e novos desafios.

O problema é que aumentar o salário ou oferecer novas oportunidades criativas é caro e traz riscos. Na TV a margem para erros é cada vez menor. Há anos a receita publicitária cai, seguindo a audiência que migra para o digital. O momento na Globo, e boa parte das emissoras, é de cortar custos na TV aberta e no cabo para investir no digital.

TV se encontra em um momento de fragilidade

Menos dinheiro, mais liberdade

No streaming o usual é fechar contratos por obra e sem exclusividade. Ou seja, Lázaro talvez até ganhe menos na Amazon Prime, mas terá mais liberdade. Como no caso de Tiago Leifert ao deixar a Globo, não é apenas sobre dinheiro. Inclui liberdade criativa e realizar ideias que na Globo não seriam viáveis.

Vale lembrar que a dependência financeira e midiática dos profissionais da TV diminuiu muito graças às redes sociais. Com milhões de seguidores em seus perfis, atores e apresentadores têm uma nova fonte de receita e exposição para o público. Muitos ganham mais com campanhas de publicidade nas redes do que recebiam de salário nas TVs. E as redes permitem manter contato com o público (não raro com dancinhas e dublagens no Instagram e TikTok) mesmo sem aparecer na TV.

Não faria mais sentido Lázaro assinar com o Globoplay? Lázaro no streaming da própria Globo seria mais do que já conhecemos. O impacto da mudança e o “buzz” gerado em torno do ator em uma outra plataforma é maior. Além disso, a marca Amazon ainda é pouco conhecida para muitos brasileiros, particularmente nas classes C e D, onde Lázaro é um ícone. A credibilidade de Lázaro ajudará a Amazon a crescer mais rápido.

Nada impede que Lázaro retorne à Globo. “A não renovação de um contrato não significa o final de uma parceria. Ao contrário, o novo modelo de gestão de talentos permite que essa parceria seja renovada em muitos outros formatos e projetos futuros. Lázaro Ramos tem abertas as portas da empresa para futuros projetos em nossas múltiplas plataformas”, disse a emissora em um comunicado. A estreia de Mion na Globo enquanto ele mantém contrato com a Netflix confirma esse novo modelo de gestão da Globo, sem exclusividade.

Marcos Mion faz audiência da Globo crescer em 80% aos sábados

House of Cards e o começo de tudo

Em 2013, mesmo ano em que Sarandos revelou que o plano era se tornar a HBO, a Netflix lançou “House of Cards”. Foi uma revolução. Na direção da série estava o aclamado diretor de cinema David Fincher. No elenco, Kevin Spacey (antes dos escândalo de assédio) ícone de Hollywood e dono de duas estatuetas do Oscar, uma de ator e outra de ator coadjuvante.

House of Cards foi a primeira série da Netflix a receber indicações ao Emmy e deixou claro que o conteúdo digital poderia competir em um nível criativo com o que havia de melhor na TV. Além disso, a série consolidou a plataforma de streaming como um produtor de conteúdo de alta qualidade, podendo concorrer até com a HBO.

No Brasil o desafio é diferente, mas a estratégia das plataformas é similar. Para o streaming concorrer com a TV, precisará de novelas e produção local, e principalmente, dos grandes talentos brasileiros da TV. À medida que os mercados desenvolvidos se tornam mais saturados e o crescimento do streaming desacelera por lá, o Brasil se torna essencial por seu potencial de novos assinantes. Ou seja, atrair as massas da TV é essencial para o streaming.

Por outro lado, para a TV existe um crescente risco de “apagão criativo” à medida que seus grandes talentos debandam para o streaming. Menos talentos, menos conteúdo nobre e menos motivos para ver TV. Com menos audiência, menos dinheiro, e nasce um círculo vicioso.

É streaming, mas com problemas de TV

Por enquanto a tendência está a favor dos artistas que ganham mais oportunidades, mas isso pode mudar. Após uma série de contratações de grandes talentos da TV nos últimos anos, recentemente a Netflix começou a lidar com uma debandada de estrelas.

Kenya Barris, criador da série Black-ish, da ABC, foi contratado em 2018 pela Netflix em um acordo de mais de R$ 500 milhões. Recentemente, Barris afirmou ter pedido para sair da gigante do streaming. “O que eu quero fazer é um pouco mais tenso, um pouco mais intelectual, um pouco mais inebriante, e acho que o Netflix quer ficar no meio. A Netflix tornou-se a CBS”, disse Barris ao The Hollywood Report, comparando a Netflix à maior rede de TV aberta dos Estados Unidos.

Nos três anos em que esteve na Netflix, a maior contribuição artística de Barris foi #BlackAF, uma meta-comédia que não caiu no gosto popular. A produção teria irritado a direção da Netflix que esperava um grande sucesso, a exemplo da badalada Shonda Rhimes com a série Bridgerton. Outro risco para os artistas é a “uberização das artes” com uma marca de streaming e suas franquias se tornarem tão grandes que os talentos passem a ser menos relevantes, como Scarlett Johansson descobriu com a Disney+.

No streaming quem ganha muito tem de entregar muito. Grandes sucessos para atrair e reter assinantes são essenciais. Uma olhada no Top 10 das grandes plataformas não deixa dúvidas do que as pessoas assistem. É mais Tela Quente e menos Telecine Cult. Por hora, Lázaro e os demais artistas podem desfrutar da liberdade criativa e dos investimentos do streaming. Mas há boas chances de em breve terem de fazer exatamente o que faziam na TV: o que funciona e traz audiência pelo menor custo-benefício.

Tags: BrasilCulturaCultura PopGloboTelevisão
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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