Por Ricardo Antunes — Há pouco mais de um mês eu estive com Lailson na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Ele queria reeditar o livro que fez para a própria fundação sobre a “Revolução Esquecida”, a nossa de 1817. Toda escrita em quadrinhos, como ninguém saberia fazer. Pernambuco e o Brasil perdem um dos gênios de nossa arte e de nossa cultura. Estou arrasado. Era um amigo que fiz nos bons tempos de Diário de Pernambuco, na década de 90, e que havia me reaproximado agora. Alegre, exímio contador de histórias, uma figura que vai fazer muita falta.
O artista gráfico de 68 anos, que se recusou a tomar vacina contra o coronavírus, sentiu-se mal já na sexta-feira (15), quando procurou o Hospital Hapvida se queixando de falta de ar. Porém, apenas no domingo (17), ele foi diagnosticado com Covid-19 e internado imediatamente na UTI do Hospital Português, com 70% do pulmão comprometido. Faleceu agora há pouco de complicações da Covid-19 depois de ter sido internado há pouco mais de 15 dias
Daqui a pouco informo onde será a última despedida.

Além de cartunista e chargista com mais de 10 prêmios, Lailson de Holanda Cavalcanti era jornalista, músico e desenhista de histórias em quadrinhos. Era também especialista em humor gráfico, pesquisador, com inúmeros trabalhos publicados no Brasil e na Espanha.
Veja alguns dos seus trabalhos:










