Por Ricardo Antunes — O Ministério da Cidadania está concluindo decreto para regulamentar o substituto do Bolsa Família. O texto deverá ser publicado até sexta-feira, dia 5. Com o fim do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial, passa a vigorar o Auxílio Brasil. O primeiro pagamento será feito no próximo dia 17.
O Bolsa Família beneficiava 14,6 milhões de famílias; o Auxílio Emergencial, 37 milhões. A previsão do Auxílio Brasil é atender em novembro as mesmas 14,6 milhões de famílias do Bolsa Família, com o valor reajustado em 17,8 por cento, e ampliar para 17 milhões no mês seguinte, aumentando para os R$ 400,00 prometidos por Bolsonaro.
Parece simples mas não é porque depende da aprovação da PEC dos Precatórios, que sofre resistências no Congresso. Bolsonaro disse ontem em Roma que, se o Congresso não aprovar a PEC, aciona o Plano B: “Sempre tenho paraquedas reserva comigo, mas com muita responsabilidade”.
As discussões sobre o novo programa social provocaram a saída de importantes auxiliares do ministro Paulo Guedes, devido ao claro risco de rompimento do teto de gastos. O Congresso tem onde cortar despesas – emendas parlamentares e subsídios a igrejas e empresas, por exemplo – mas o Centrão não deixa.
De onde virão os recursos, então? Até agora Paulo Guedes não respondeu.
Outro ponto importante: de imediato, cairá de 37 milhões (Auxílio Emergencial) para 17 milhões (Auxílio Brasil) o número de famílias beneficiadas. A quantidade de famílias que ficarão desamparadas (20 milhões) é muito grande.
O Auxílio Brasil acaba em dezembro de 2022. O Bolsa Família era permanente. O governo promete atender número maior de pessoas que o Bolsa Família a partir do próximo ano, que é eleitoral. Se ocorrer será porque a quantidade de gente em situação de pobreza e extrema pobreza, e portanto com direito ao benefício, está crescendo. E isso não é bom pra ninguém.
CANSAÇO
Na mira do centrão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem disfarçado o cansaço sobre sua permanência do governo.

INCÔMODO
Após sua declaração chamando o ministro Marcos Pontes de “burro” vazar, Guedes confidenciou a aliados: “Quem sabe essa não pode ser a deixa para eu sair?”. O presidente intercedeu, e o segurou no cargo.
VÁCUO
Com a ausência de Jair Bolsonaro na COP26, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) tem feito o que sabe melhor: marketing. Participando do evento, ele tenta ganhar pontos na pauta ambiental.
PRÉVIAS
E ele vai precisar, tucanos do seu próprio estado tem trabalhado para eleger o gaúcho Eduardo Leite, nas prévias do partido. O ex-governador Geraldo Alckmin é um deles. Rompido com parte do partido, Alckmin descarta ficar no PSDB mesmo se Eduardo Leite ganhar prévias.
RETORNO
Sergio Moro desembarcou hoje em Curitiba, e é pra ficar de vez. O ex-juiz, que se filiará ao Podemos em 10 de Novembro, já lançou até slogan de olho em 2022:“Juntos, podemos construir um Brasil para todos”.

ALÍVIO
Quem gostou da novidade foi a consultoria americana Alvarez & Marsal. A empresa ficou aliviada com a rescisão do contrato de Sergio Moro, ocorrida no sábado, um ano antes do fim.
HERMANOS
A FIFA puniu a seleção Argentina por algunos cantos racistas em suas arquibancadas. Com a decisão, não será mais permitido cantar musicas contra Brasil como a típica: “Brasil fica em luto, son todos pelotudos”. O canto pode ser até divertido, mas é ofensivo.
PREPARATIVOS
O mercado de entretenimento já está aquecendo. Roberto Carlos, que está há 20 meses sem dar shows, já tem 90 espetáculos agendados para 2023 em vários países.

COM TUDO
Quem também está prestes a voltar aos palcos é o Roupa Nova, a banda já se comprometeu a fazer cem shows em 2022, e para apenas um contratante.
CONVERSA
Falando em música, o compositor Edu Lobo é o convidado do “Conversa com Bial”. Acompanhado do violonista Paulo Aragão, o artista lembra de sua parceria com Vinicius de Moraes (1913-1980), que rendeu grandes sucessos de sua carreira, como a música “Arrastão”.
OBJETIVO
Pernambuco estabeleceu como meta a promoção da neutralidade da emissão de carbono, até 2050. O plano é uma das principais iniciativas para evitar o aumento do nível do mar, sobretudo, no Recife.
COP26
As informações são do Secretário de Meio Ambiente José Bertotti, um dos representantes do estado na conferência do clima da Escócia, a COP 26
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