Por Ricardo Antunes – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), não se intimidou diante das polêmicas e do forte apelo popular, e garantiu que as festas realizadas nos camarotes privados estão garantidas no município durante o Carnaval. Trabalhando remotamente desde que testou positivo para a Covid pela segunda vez, o prefeito concedeu entrevista ao canal de notícias CNN na última quinta (6).
Diferentemente das demais capitais brasileiras e de alguns municípios do Estado, a exemplo de Olinda e Jaboatão dos Guararapes, o gestor voltou a usar o termo “suspenso”, afirmando que não está descartada a possibilidade do Carnaval popular acontecer em outra época, ainda este ano.
“Quando usamos o termo suspender é entendendo que no período previsto, em fevereiro, não será possível nem permitido a realização do Carnaval de rua. Poderemos fazer um festival de grande porte em outro momento do calendário, em que seja permitido, e a prefeitura pode realocar parte dos investimentos para a festividade”, afirmou ele.

Sobre a realização das festas privadas de Carnaval, a exemplo dos grandes camarotes que acontecem no Recife Antigo, o prefeito deixou claro que nada deve mudar a respeito. Segundo João Campos, estas festas seguem “o protocolo estadual”, que exige a apresentação de comprovante de vacinação com duas doses de imunizante contra a Covid, ou um teste negativo.
Sem, no entanto, fechar os olhos diante da rápida disseminação da variante Ômicron, o gestor não deixou de enfatizar que o Recife está abrindo 70 novos leitos exclusivos para doenças respiratórias. Além disso, irá ampliar os pontos de testagem e contratar mais profissionais de saúde.
Até o momento, Campos não apresentou nenhum projeto que possa amenizar a situação dos artistas locais, que muitas vezes faturam no Carnaval o sustento do ano inteiro. São nomes como André Rio, Quinteto Violado, Gerlane Lopes, dentre outros, que não ganham espaço nos camarotes privados, que em sua grande maioria escalam artistas nacionais em evidência no momento.







