Do UOL — O governo de São Paulo anunciou hoje uma determinação de limite de 70% na ocupação da torcida em estádios durante jogos de futebol no estado. A regra passa a valer a partir do dia 23 de janeiro, com a volta do Campeonato Paulista.
Para outros eventos de aglomeração, como eventos musicais, a gestão do governador, João Doria (PSDB) delegou para cada prefeitura decidir se restringe novamente o público permitido. Mas a recomendação do estado para os municípios é que haja redução de 30% no número de pessoas presentes nos locais de aglomeração.
O anúncio se dá em meio ao avanço das infecções pela variante ômicron, que se mostra mais transmissível do que as outras cepas do vírus. Na capital, a variante já está presente em 80,95% dos exames analisados pelo Instituto Butantan depois de disponibilizados pela Prefeitura de São Paulo.
Não foram anunciadas restrições ao comércio nem a outros serviços, o que já era esperado. O coordenador-executuvo do Comitê, João Gabbardo, ressaltou a relevância das sugestões. “Todos os eventos devem exigir o comprovante da vacina, completa. Se possível, teste PCR. E recomendamos para as prefeituras que reduzam a taxa de ocupação nesses eventos, de 30%, na capacidade de público – mas deixamos isso em aberto de acordo com a situação epidemiológica do município”, disse.

Doria ressaltou, no entanto, que o público nos estádios é uma decisão de seu governo e deve ser acatada. “No caso de futebol, compete ao governo do estado. Aí, não é uma decisão municipal. O Campeonato Paulista de Futebol e outras práticas esportivas com público é uma orientação do governo do estado de São Paulo, portanto, é uma determinação e deverá ser obedecida pelas federações esportivas”, disse.
“Em relação ao futebol, isso se aplica a partir do dia 23 de janeiro, com a volta do Campeonato Paulista, em São Paulo. É um domingo. A partir dessa data, o limite é de 70%. A Copinha, embora tenha boa repercussão, tem um público diminuto, então não há necessidade”, afirmou.
Questionado sobre a razão por não ter obrigado as cidades a seguirem a redução de público a outros eventos, João Gabbardo defendeu que os municípios têm cenários diferentes de infecções e, por isso, a melhor decisão seria deixar a própria prefeitura decidir.
“Passamos uma régua pelo mínimo que deve ser feito, e os municípios podem ampliar de acordo com a necessidade. Nós trabalhamos em cima da realidade do momento”, afirmou.