Por Ricardo Antunes – Também não acreditei quando vi, nas redes sociais, que Otávio Toscano morreu. A gente sempre se falava pelo zap quando queria algum Outro Lado da Polícia Militar. Alvirrubro, e eu tricolor, também conversávamos sobre a decadência do futebol pernambucano — logo a gente, que viu no campo tantas glórias.
Tudo já foi dito sobre ele, mas teve uma história que vi no Insta de outro craque, José Teles, que merece ser lida novamente. Abraço grande, meu amigo. Segue o texto aqui.
Por José Teles
Demorei a acreditar quando soube da morte de Otávio Toscano, um amigo batuta, cheio de defeitos bons, boêmio, torcedor do Náutico, e ainda mais do Bloco Anárquico Armorial Siri na Lata. Náo perdia um desfile do bloco, dos tempos do Maconhão, em Olinda, até os grandes bailes dos anos 90 e 2000. Quando aconteciam no Clube Líbano, ou no Clube Português, Na redação, Toscano se chegava pra mim e dizia: “Se tiver ingresso do Siri, e não tiver a fim de cobrir, me dá que eu cubro”. Eu ia pro baile, mas quase sempre descolava um convite pra ele Eis que fui incumbido por Ricardo Carvalho e Paulo Braz , os CEOs do Siri na Lata, pra escrever um livro sobre o bloco, que completava 30 anos em 2006. Na dedicatória, claro, tinha que ter o nome de Otávio Toscano. O livro foi publicado, joiado todo, com prefácio de Jarbas Vasconcelos, tão fã do Siri quanto Toscano.
Dei um exemplar pra Otávio. Quando conferiu a dedicatória, me olhou com cara de “que merda é esta?”. Pediu pra eu conferir a dedicatória. Conferi, e exclamei um PQP. Em lugar de Otávio Toscano, coloquei o nome de um Toscano que conhecia, e que não via há trocentos anos. Ato falho do krai.
Fiquei lhe devendo esta.








