*Por Lauro Jardim — Na semana passada, numa conversa com um de seus assessores em pleno gabinete presidencial, um Jair Bolsonaro com olhos marejados falou em tom de desabafo sobre o seu futuro nas urnas de 2022:
— Vamos ganhar. Se perdermos eu morro, mas não serei preso.
É praticamente a mesma frase que proferiu no sábado numa visita a um templo evangélico, quando disse ter “três alternativas” daqui para frente:
— Estar preso, ser morto ou a vitória. Podem ter certeza, a primeira alternativa, preso, não existe. Nenhum homem aqui na terra vai me amedrontar.
Ou seja, a possibilidade de uma prisão ronda de modo inequívioco sua cabeça neste momento.
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*Lauro Jardim começou no jornalismo em 1989, no Globo. Passou pelas redações de Istoé, JB e Exame. Entre 1998 e setembro de 2015, trabalhou em Veja, onde foi chefe da sucursal do Rio, redator-chefe e editor da coluna Radar desde 2000. Voltou ao Globo em 2015.








