Por Ricardo Antunes — Na decisão, a juíza citou ameaças que a mãe de Henry relatou estar sofrendo na cadeia. Data vênia isso é um absurdo. Esse monstro era cúmplice do psicopata que abusava de um anjo. Foi cúmplice do assassinato do próprio filho de maneira torpe e cruel. Essa justiça brasileira está podre e não tem a menor vergonha de sentenças como essa. Um inocente foi torturado e morto. Daqui a pouco todo mundo vai esquecer. Lamentável.
Confira a matéria:
A Justiça do Rio de Janeiro ordenou hoje que Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, seja solta com uso de tornozeleira eletrônica. Monique é ré, junto com o ex-vereador Jairo Santos Souza, o Dr. Jairinho, no processo que apura a morte do menino de 4 anos em março de 2021.
Na decisão, a juíza da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Elizabeth Louro, exigiu que Monique só fale com familiares ou advogados e não faça publicações em redes sociais. Na decisão, a juíza citou ameaças que a mãe de Henry relatou estar sofrendo na cadeia.
Até as 16h, a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) não havia sido comunicada da decisão.
A juíza afirma estar ciente de um “furor público” contra a mãe de Henry, que avalia não ser “coerente nem proporcional” em relação ao processo, mas avalia que a manutenção da prisão preventiva também não a protege.
“O ambiente carcerário, no que concerne à acusada Monique, não favorece a garantia da ordem pública”, afirma Louro.
Para Elizabeth Louro, a soltura de Monique não ameaça o curso de processo: “Não vislumbro, razoavelmente, a possibilidade de a requerente exercer qualquer tipo de influência sobre qualquer das testemunhas supostamente antes coagidas”, diz a decisão.
Thiago Minagé, advogado de Monique, comemora a decisão. Ele afirma que, “após um ano de ataques, ofensas e agressões a teoria se aplicou na prática e o processo continuará com seu curso normal”.
A soltura de Monique acontece após um pedido da defesa, que afirmou que o processo se estende mais do que necessário.
Na decisão, Louro citou os inúmeros pedidos feitos pela defesa de Jairinho, réu no mesmo processo, e diz que eventuais atrasos no processo podem ser atribuídos à defesa do ex-vereador. Na mesma decisão, a juíza negou pedido da defesa de Jairinho e manteve sua prisão preventiva.