Por Ricardo Antunes
Desde 1989, PT atropela qualquer nome que tente ameaçar seu poder na esquerda brasileira, diz a análise que trazemos para você e que está na capa do Globo Online. Por sua vez, Josias de Souza também foi enfático e irônico nos seus comentários em seu blog. “Esquartejamento de Ciro pode custar caro a Lula”, aponta ele.
“A campanha de 2018 revelou para Ciro Gomes que a pior forma de solidão é a companhia de Lula. Ao saber que o PT bloqueou o ingresso do PSB na canoa do seu ex-ministro e “amigo”, um dos operadores do PDT reagiu assim: “Já sabíamos que o PT não iria ajudar. Mas não imaginávamos que o Lula se empenharia tanto para prejudicar o Ciro. Isso não é política. É doença.”.
Uma “doença”, meus leitores, que enterrou ainda as candidaturas de Marília Arraes e Márcio Lacerda em Minas Gerais. É por isso que o PT é um partido autocrático e que não aceita nada além do que o seu “ditador” define pouco se importando com os destinos dos aliados. Lacerda e Marília prometem reagir e Ciro já mandou recado que vai para a guerra.
Confira a matéria do Globo.

“Por Paulo Celso Pereira de O Globo
Foi por 450 mil votos que Luiz Inácio Lula da Silva tirou Leonel Brizola do segundo turno da eleição presidencial de 1989 e deu início à hegemonia do PT no comando da esquerda brasileira. Desde então, o partido não hesitou em atropelar qualquer nome que tentasse ameaçar seu poder.
A dinâmica externa replica a atuação interna de Lula. Foi para não permitir que alguém lhe fizesse sombra que o ex-presidente optou por lançar Dilma Rousseff — recém-chegada ao PT e sem qualquer expressão eleitoral — para sucedê-lo em 2010.
Um dos maiores símbolos do partido, Marina Silva decidiu abandonar a legenda que ajudou a organizar para disputar seus eleitores. Quando tornou-se competitiva, ao se aliar com o PSB em 2014, acabou trucidada pela campanha de Dilma.
Hoje, com Lula preso e a rejeição nas alturas, o desafio do PT é ainda maior. Sem ter como garantir a unidade da esquerda em torno de um candidato indefinido, restou fazer o necessário para impedir que Ciro Gomes — ironicamente um dos mais fieis escudeiros de Lula na crise do mensalão — possa se apresentar na TV como alternativa.”






