Por Ricardo Antunes
E foi mesmos tudo combinado. Você já podia ler na Folha de São Paulo dessa manhã, na coluna de Monica Bergamo, o roteiro antecipando não apenas os votos dos ministros do STF, como também a mudança na ordem dos votantes. Todo mundo estranhou o decano Celso de Melo pedindo para antecipar seu voto. A sessão que poderia afastar Renan Calheiros (PMDB) superou a o mensalão foi a maior audiência do STF na internet. Uma vergonha vista, ao vivo, por milhões de brasileiros que não entendem como funciona a justiça no nosso país. E é mesmo complicado.
A decisão festejada por Renan será exposta nas manchetes como um vexame. É simples. Já existia maioria formada no plenário do Supremo a favor da tese segundo a qual um réu em ação penal não pode permanecer em cargo que esteja na linha de sucessão do Planalto. Os ministro voltaram atrás? como explicar isso para um cidadão comum?
O resultado combinado antes do jogo também exala um aroma ruim. Supremo é para mandar cumprir a lei e não procurar uma “saída política”, como já dissemos por aqui. Pior foi ver a presidente Carmem Lúcia condenando o réu por não cumprir a decisão judicial – e
le tem ainda mais 10 processos no STF que nunca andam. Tudo “jogo de cena”. Renan não será punido por isso. Ele é maior que as nossas leis. Ele é maior que todos nós.







