Por Valdo Cruz, do G1 – Sinais trocados no campo bolsonarista. Enquanto o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é o primeiro aliado de Bolsonaro a admitir que houve um planejamento de golpe, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, viaja nesta segunda-feira (15) para Brasília, na busca pela aprovação de uma anistia ao ex-presidente.
Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de 27 anos e três meses de prisão, por ter tentado um golpe de Estado.
No último sábado (13), Costa Neto afirmou em um evento no interior de São Paulo que a decisão do STF precisa ser respeitada — apesar das críticas —, e admitiu publicamente que houve planejamento para um golpe de Estado no país (entenda mais abaixo).
A fala foi criticada entre aliados do ex-presidente Bolsonaro. Segundo eles, a admissão pública de algo que os bolsonaristas não vinham admitindo pode enfraquecer as articulações para aprovar o projeto da anistia.
“Valdemar, mais uma vez, fez um ‘sincericídio’ deu munição para os governistas se articularem contra a anistia”, disse ao blog um aliado do ex-presidente.
Interlocutores do governador de São Paulo também não gostaram nem um pouco da frase do presidente do PL.
Segundo eles, Tarcísio de Freitas, que já vinha se desgastando para aprovar a pauta da anistia a fim de beneficiar Bolsonaro, acaba levando uma “bola nas costas”.
O ex-ministro, e atual governador de São Paulo, virá a Brasília nesta segunda tentar destravar as articulações em busca do avanço do projeto da anistia no Congresso. A viagem está prevista na agenda oficial do governador.









