Da Redação do Blog – O advogado Celso Vilardi afirmou à Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ajudou o ministro José Múcio na transição do comando das Forças Armadas.
Sem citar o nome do Ministra da Defesa, o defensor negou a participação do ex-mandatário em qualquer tentativa de ruptura e contesta os pontos da acusação da Procuradoria-Geral da República.
“O [ex-]presidente Bolsonaro é o presidente mais investigado da história do país. Não se achou absolutamente nada”, disse Vilardi.
“A Polícia Federal utilizou mais de 90 vezes a expressão “possivelmente”, porque não havia certeza [da participação de Bolsonaro]. nem a Polícia Federal, que se utilizou dessas possibilidades, afirmou a participação dele no 8 de janeiro. Não há unico elemento, nem na delação. Nem o delator fez qualquer relação, não há uma única evidência a esse respeito.”
Celso Vilardi também apontou lapsos temporais, contradições e a inadequação da delação do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“A audiência [de Mauro Cid] se traduziu numa coleta de provas, e essa coleta só poderia ser feita, com todo respeito, pelo procurador ou pela polícia, não pelo poder Judiciário.”
“Eu entendo a gravidade de tudo que aconteceu no 8 de janeiro, mas não é possível que se queira imputar a responsabilidade ao Presidente da República, ou colocando como lider quando ele não participou dessa questão do 8 de janeiro, pelo contrário, ele repudiou.”
Celso Vilardi também fez uma série de críticas ao que vê como cerceamento de defesa e ao papel da imprensa na cobertura das investigações.
O advogado defendeu que o tema deve ser julgado no plenário do STF.