Por Ricardo Antunes — Representantes do agronegócio tem procurado alternativas entre os candidatos de centro para as eleições de 2022. A ideia é viabilizar um nome forte contra o candidato do PT, mesmo o setor tendo crescido bastante durante as gestões do partido. Lideranças se incomodam com as pautas ambientalistas, e a ligação do partido com movimentos sem-terra e organizações não governamentais (ONGs). A informação é do Estado de S. Paulo.
Pensando nisso, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e quadros do PSB, tentam se aproximar do setor, que hoje é majoritariamente bolsonarista, mas está decepcionado com a condução da economia, principalmente com o papel do ministro Paulo Guedes, que havia prometido reformas tributária e administrativa e privatizações que não saíram do papel.
O pecuarista e ex-dirigente da Sociedade Rural Brasileira Pedro de Camargo Neto acrescenta como frustrações os retrocessos na pauta anticorrupção com a demissão do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, e a aliança com o Centrão.
Conservadores, os empresários do agro veem até candidatos como Ciro Gomes (PDT) com desconfiança. Falastrão, o ex-governador do Ceará piorou ainda mais sua situação ao falar sobre “bandidos do agronegócio” durante um discurso. Depois da repercussão negativa, Ciro tentou explicar que se referia a uma “parcela ínfima” do setor, mas não colou, e agora ele é visto como “muito de esquerda”.
Outra opção, será o candidato a ser lançado pelo União Brasil, novo partido que reunirá PSL e DEM. A candidatura própria partiria turbinada por R$ 320 milhões do fundo eleitoral, a maior fatia.
Nesse meio tempo, o agronegócio continua com Bolsonaro, já que, por enquanto, ele é o candidato mais forte a encarnar o anti-petismo.

SOLUÇÃO
O presidente da Câmara, Arthur Lira, se reunirá nesta segunda-feira com líderes de partidos para discutir uma solução sobre a alta no preço dos combustíveis.
REGULAÇÃO
Em conversa com parlamentares neste sábado, Lira falou sobre a possibilidade da criação de um “fundo estabilizador” para “proteger” os consumidores das oscilações do preço dos combustíveis.
CRISE HÍDRICA
Outro fator que pressiona a inflação é a falta de água. Em SP, por exemplo, a crise hídrica é a pior dos últimos 90 anos, e já afeta a vida de mais de dois milhões de moradores.

SEM CHUVA
A falta de chuva ameaça provocar racionamento de energia ou até mesmo um apagão. Pensando nisso, e para desespero geral dos servidores da pasta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, mandou abolir o ar-condicionado no ministério após as 17 horas. Isso com Brasília batendo recordes de calor.
INVESTIGAÇÃO
O processo que investiga no TSE o impulsionamento ilegal de mensagens pelo WhastApp nas eleições de 2018 vai revelar que o disparo em massa de áudios, vídeos, memes e etc era algo bem estruturado e muito profissional.
INFLUÊNCIA
O que os ministros do TSE — Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, entre eles — vão julgar não é a existência desses disparos em massa, isso é ponto pacífico, mas se eles influíram no resultado da eleição de modo a desequilibrá-la.
TRÉGUA
Menos de 24h após receber vaias, xingamentos e sofrer uma tentativa de agressão ao deixar o ato na Avenida Paulista, Ciro Gomes (PDT), propôs uma “trégua de Natal” entre a oposição.

BOBAGEM
Em coletiva virtual de imprensa neste domingo, 3, o ex-ministro classificou o episódio como “bobagenzinha”e disse “não ter nada a ver” com a chamada “terceira via”.
PLANOS
Pelos planos de João Doria para unir o PSDB, Eduardo Leite seria convidado para coordenar sua campanha a presidente da República — claro que, para isso, terá que antes sair vencedor das prévias do partido, marcadas para 21 de novembro.
ASSISTÊNCIA
A fim de ampliar programas assistenciais com foco na região Nordeste do país, o Governo Federal planeja destinar recursos do Bolsa Família para ações como a compra de alimentos, construção de cisternas e pagamentos de até R$ 3 mil a produtores rurais.
ESCOLHA
A escolha pelo Nordeste se deve ao fato de que a região reúne 68% das famílias com dificuldade de acesso à água e também 43% dos municípios que demandam mais recursos para a compra de alimentos. Ambos os programas são executados pelo ministro da Cidadania, João Roma, cotado para representar Bolsonaro na disputa pelo governo da Bahia na próxima eleição.
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Coluna do Ricardo Antunes, Domingo, 03/10/2021.
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*Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelo principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.







