Da Redação do Blog – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mudou de ideia em 24 horas e afirmou nesta sexta-feira (8) à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, que um eventual pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes “será analisado com seriedade e responsabilidade”.
Na quinta-feira (7), Alcolumbre afirmara: “nem se tivesse 81 assinaturas, ainda assim, não pauto impeachment de ministro do STF”. A declaração foi dada em reunião com líderes governistas e os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Rogério (PL- RO), favoráveis ao impedimento de Moraes.
A declaração de Alcolumbre na reunião significava que nem mesmo todos os senadores assinando (eles são 81), colocaria a iniciativa em votação. Para que pedido de impeachment de ministro do STF comece a tramitar no Senado são necessárias 41 assinaturas (metade mais um), o que Rogério Marinho afirma ter obtido.
Na entrevista a Andréia Sadi, o presidente do Senado mudou radicalmente de posição. “Não estamos diante de uma questão meramente numérica, mas de uma avaliação jurídico-política que envolve justa causa, prova, adequação legal e viabilidade. A decisão cabe ao presidente do Senado, no exercício de suas prerrogativas constitucionais. Em respeito ao diálogo democrático e atenção à oposição, reafirmo que qualquer pedido será analisado com seriedade e responsabilidade”, disse à jornalista da GloboNews.
O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes é uma das propostas da oposição no Senado e na Câmara dos Deputados em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do STF, num movimento que ocupou ruidosamente a Mesa Diretora das duas Casas durante toda a quarta-feira, impedindo as sessões do plenário.
Outras duas propostas são pautar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que elimina o foro privilegiado para crimes comuns de parlamentares e o projeto que anistia os envolvidos na quebradeira do 8 de janeiro de 2023.









