Com informações do UOL – O ministro do STF Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) e autorizou que a cirurgia do ex-presidente seja realizada no dia de Natal. O que aconteceu Bolsonaro será internado amanhã, no hospital DF Star.
O ex-presidente tem hérnia inguinal bilateral, e a perícia médica realizada pela Polícia Federal concluiu que ele precisa passar por procedimento cirúrgico — o problema afeta os dois lados da região da virilha. Moraes liberou apenas Michelle Bolsonaro como acompanhante do ex-presidente. A defesa havia pedido que os filhos Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro fossem acompanhantes secundários, quando necessário, mas o ministro determinou que qualquer visita deve ser autorizada previamente pelo Supremo.
O ministro também determinou uma série de regras para a saída de Bolsonaro da prisão. O transporte e segurança do ex-presidente, segundo Moraes, devem ser realizados pela PF discretamente. O desembarque deve ocorrer na garagem do hospital. Polícia Federal deve garantir segurança e fiscalização 24 horas, determinou Moraes. A corporação deve manter ao menos dois agentes na porta do quarto do hospital, além de equipes dentro e fora do hospital. “Está vedado o ingresso no quarto hospitalar de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos, salvo obviamente os equipamentos médicos, devendo a Polícia Federal assegurar o cumprimento da restrição”, decidiu o ministro.
Pior no quadro de hérnia O laudo da PF apontou piora no quadro após comparar exames antigos com o feito pelos peritos no dia 14. “Houve, portanto, piora progressiva do quadro herniário, sendo a causa mais provável o aumento da pressão intraabdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica.” Bolsonaro está preso na PF desde 21 de novembro. Inicialmente, ele foi detido preventivamente, mas, dias depois, o processo que ele responde transitou em julgado e ele permaneceu na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão.
Sequelas da facada que sofreu em 2018, durante campanha eleitoral, atinge Bolsonaro até hoje. Antes de ser preso, o ex-presidente já havia passado por inúmeras cirurgias —os advogados usam esse quadro para pedir que ele consiga a prisão domiciliar, o que não foi autorizado até o momento.








