Por Andréia Sadi, do G1 – O núcleo bolsonarista com interlocução na Casa Branca pediu um prazo ao governo norte-americano para conseguir a aprovação no Congresso brasileiro de um pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse grupo alega, nos bastidores, estar tentando reduzir as tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil em razão do julgamento de Bolsonaro, e que o governo americano condicionou tal recuo à aprovação da anistia – um dos itens desse pacote.
O pacote, negociado por deputados bolsonaristas com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) como condição para encerrar o motim no Congresso, inclui:
- A PEC das prerrogativas, que visa a exigir autorização da Câmara ou do Senado para que os deputados possam ser processados ou, até mesmo, investigados criminalmente. Pela Constituição, esses casos tramitam no supremo Tribunal Federal (STF);
- A mudança no foro privilegiado para tirar do STF processos contra os parlamentares – e, creem bolsonaristas, os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL);
- Por fim, a anistia, com o objetivo de livrar condenados e investigados pelos atentados de 8 de janeiro – e, potencialmente, Bolsonaro e os demais envolvidos na trama golpista.
Até que essas medidas avancem, segundo o blog apurou, o núcleo bolsonarista em Washington, comandado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo empresário Paulo Figueiredo, deve continuar a trabalhar para ampliar o alcance da Lei Magnitsky, imposta contra o ministro Alexandre de Moraes.
Um dos objetivos é conseguir que o governo americano inclua familiares de Moraes na lista de sancionados pela lei.
E por que três semanas? Porque esse é aproximadamente o tempo que antecede o julgamento de Bolsonaro no STF, marcado para começar no dia 2 de setembro.
Bolsonaristas acreditam que, se Bolsonaro for condenado, a expectativa é de que a Magnitsky atinja a todos os ministros que votarem pela condenação do ex-presidente.









