Da Redação do Blog – Caos, desorganização e desrespeito à formação acadêmica. É assim que alunos da Faculdade de Medicina de Olinda (FMO) descrevem a realidade da instituição em uma carta aberta à população, que ganhou grande repercussão ao longo do ano. O episódio é relembrado agora na Retrospectiva de 2025, após ter sido publicado originalmente em 13 de março de 2025.
Com cerca de 1.700 alunos, que pagam mensalidades em torno de R$ 9.500, a FMO é acusada de superlotação nas salas e nos estágios, falhas estruturais e pedagógicas e cancelamento frequente de aulas sem aviso prévio. Segundo os estudantes, o aumento no número de transferidos — especialmente vindos da Bolívia e do Paraguai — não foi acompanhado de investimentos capazes de garantir a qualidade do ensino.
A carta também denuncia desorganização administrativa, com exclusão indevida de nomes em atas acadêmicas, demissões em massa de funcionários, sobrecarga dos ambulatórios e até casos de professores impedidos de continuar aulas sem explicação da direção. Para os alunos, o aprendizado virou algo “impraticável”.
Criada há dez anos, a FMO é dirigida pelo médico Inácio de Barros Melo e, em seu site, afirma ser um centro de excelência, com projeto pedagógico inovador e corpo docente qualificado. Os estudantes, porém, dizem viver uma realidade bem diferente.
“Não somos meros números, mas futuros médicos”, afirmam, cobrando providências imediatas e transparência da administração.








