Por Ricardo Antunes – Adversário político da governadora Raquel Lyra (PSD), o presidente da Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco), Álvaro Porto (PSDB), prevê para abril do próximo ano, período da janela partidária, uma debandada dos aliados dela, prefeitos e deputados, por fazer uma gestão que ele diz ser altamente centralizadora e, na sua visão, por não ter traquejo político.
“Há uma falta de confiança nas pessoas que estão ao seu redor. Ela não delega, as pessoas não podem resolver os assuntos”, diz da governadora, em entrevista ao Blog. Declara que a própria bancada governista na Alepe se queixa diariamente. “Vários deputados da base do governo reclamam da centralização e há insatisfação também dos prefeitos”, assinala.
Integrante do núcleo que ajudou a eleger Raquel Lyra em 2022, o presidente da Alepe explica que se afastou dela e tornou-se seu adversário político porque, na sua opinião, o governo é ineficiente.
“A gente tinha esperança de que tudo melhorasse e o que estamos vendo hoje, no governo, é que Pernambuco não anda. É só projeto e anúncio de verba e esse dinheiro não chega na ponta. Há falta de segurança, saúde não funciona, educação não funciona, a gente está vendo o caos em Pernambuco”, acusa ele.
Confirma que o atraso no pagamento das emendas parlamentares prejudicou o convívio de Raquel Lyra com a Alepe. “Quando não chega a emenda do prefeito, ele reclama do deputado”, relata.
Assegura, contudo, que, politicamente no lado oposto da governadora, votará sempre favoravelmente a iniciativas que ajudem o desenvolvimento do estado, como a autorização para o empréstimo de R$ 1,5 bilhão, que recomeçou a tramitar.









