Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
APOIE
Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Blog do Ricardo Antunes
Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Quem Somos
  • Quem é Ricardo Antunes
  • Apoie
  • Newsletter
  • Arquivo
  • Fale Conosco
  • Termos de Uso
Home Brasil

Aos 4 anos, Lava Jato vê fim da prisão em 2ª instância como maior ameaça

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
21/09/2019 - 16:16
A A
CompartilharTweetarWhatsApp

Do Folha de São Paulo

No dia 17 de março de 2014, a Polícia Federal cumpria 81 mandados de busca e apreensão em um posto de gasolina no Distrito Federal. À época, não se imaginava que aquela seria apenas a primeira fase da maior investigação de corrupção levada a cabo no país.

Quatro anos depois, a Operação Lava Jato acumula mais de 100 denúncias, 220 condenações, 260 conduções coercitivas, 168 prisões preventivas, 179 acordos de colaboração premiada e R$ 11,5 bilhões previstos em devoluções aos cofres públicos.

E se a efetividade da operação estiver ameaçada? É o que membros da força-tarefa dizem temer, com a possibilidade de proibição da execução da pena após condenação em segunda instância.

Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador do Ministério Público Federal do Paraná, afirma que a revisão da prisão nesses casos ameaça não apenas a Lava Jato, mas todas as outras grandes investigações do país.

Segundo ele, a possível proibição também será acompanhada de discussões relativas à limitação das prisões preventivas. Isso porque, de acordo com o seu raciocínio, a tramitação dos processos será demasiadamente longa e não será possível manter o réu preso eternamente, sem previsão de julgamento.

“Na prática, vamos ver um incentivo à impunidade. Evidente que isso vai gerar um prejuízo, uma sensação de desânimo, uma descrença na Justiça”, diz. Carlos Fernando ressalta que um dos motores principais para o firmamento de acordos de colaboração premiada é o receio da prisão. Ele afirma acreditar que muitos deixarão de fazer a delação se tribunais superiores transmitirem a mensagem de que a tramitação dos processos pode levar 20 anos, chegando à prescrição.

Em outubro de 2016, por seis votos a cinco, o STF (Supremo Tribunal Federal) passou a permitir a execução da pena com o fim do trâmite em segunda instância. Após a condenação do ex-presidente Lula no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o assunto voltou a ser discutido pela sociedade civil e ministros do STF têm sido pressionados a pautar novo julgamento. A Constituição prevê, no artigo 5°, que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado.

Former Brazilian President (2003-2011) Luiz Inacio Lula da Silva gestures during a meeting with the Workers Party (PT) members in Sao Paulo, Brazil on March 30, 2015 AFP PHOTO / Nelson ALMEIDA (Photo credit should read NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)

DIVERGÊNCIAS

Uma série de especialistas em direito já manifestou entendimento contrário ao da força-tarefa da Lava Jato, ou seja, contra a execução da pena após a condenação em segunda instância. O advogado criminalista Alberto Toron, doutor em Direito Penal pela USP, afirma que é uma bobagem vincular a discussão ao futuro da operação. “A Lava Jato começou quando ainda se permitia que o sujeito aguardasse em liberdade o trânsito em julgado e teve muita eficácia”, diz.

Segundo Toron, o que garantiu o sucesso da operação foram as prisões preventivas decretadas na investigação, que levaram a um grande número de delações premiadas. O criminalista Figueiredo Basto, pioneiro nas colaborações, afirma enxergar a Lava Jato atrelada a fundamentos mais sólidos, como às boas investigações realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.

Segundo ele, a operação não depende das prisões em segunda instância. O advogado ressalta que a Lava Jato precisa se submeter à Constituição e que, antes da operação, a jurisprudência era muito pacífica em torno do entendimento de que o réu só poderia ser preso após o trânsito em julgado. “Foi a primeira vez em que tivemos uma modificação no Supremo de baixo para cima.”

Luiz Flávio Borges D’Urso, ex-presidente da OAB-SP e doutor em Direito Penal pela USP, discorda de que a proibição da condenação em segunda instância seja um golpe contra a operação. “A Lava Jato não depende hoje de uma posição do STF, ela existe por si mesma, pela força de suas investigações, pelo crédito que tem na sociedade.” Segundo ele, a decisão do Supremo de outubro de 2016 permitiu a possibilidade da prisão em casos específicos, mas não foi uma determinação.

Ele também afirma que a Constituição não dá margem à interpretação que se colocou. “O que vimos foi uma diretriz interpretada equivocadamente pelos tribunais inferiores, que passou a se tornar uma regra.” Borges D’Urso diz que existe um movimento para criar uma animosidade na opinião pública frente a qualquer posição que prestigie as garantias individuais e o direito de defesa, ao inferir que são uma reação à Lava Jato. Ele também afirma que a operação tem seus méritos, mas que foi um palco de abusos e excessos.

O criminalista argumenta que, se um procurador diz que as delações serão desestimuladas com o fim da prisão em segunda instância, é possível fazer a leitura de que a colaboração só acontece porque há uma ameaça de prisão. “Se acontece sob ameaça, ela é nula. Não pode ser coagido. É terrível e ilegal.”

E AGORA?

Toron diz que percebe o futuro da Lava Jato nos desdobramentos em outros Estados. Segundo ele, a operação espraiou um modelo de investigação replicado pelo país – o que chama de “padrão Lava Jato”. Entre as características deste padrão, segundo o criminalista, estão o grande número de prisões preventivas e colaborações premiadas, uma fase latente com coleta de provas e dados, uma fase ostensiva com mandados de prisão e de busca e apreensão, o cerceamento do acesso da defesa às provas colhidas e uma grande celeridade na fase do processo judicial.

Figueiredo Basto afirma considerar que a Lava Jato trouxe alento a uma população em descrédito, que perdeu confiança no sistema judiciário. “Me permito dizer que foi muito importante porque trouxe para o processo penal a eficácia da aplicação da pena. Julga com rapidez e eficiência, se submetendo, na maioria dos processos, a um quadro legal”, diz. Para ele, o principal desafio agora é atingir diretamente os quadros políticos. “Aí sim, terá cumprido todo o seu ciclo.”

EVENTO

Nesta sexta-feira (16), a PRR-4 (Procuradoria Regional da República da 4ª Região), em Porto Alegre (RS), irá coordenar uma entrevista à imprensa, em função dos quatro anos da Lava Jato. Estarão presentes os coordenadores das forças-tarefa de Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também estará na PRR-4 pela manhã, onde participará de uma reunião de trabalho das forças-tarefa.

Compartilhar30Tweet19Enviar
Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

Matérias relacionadas

Mulher é resgatada após 36 anos de trabalho escravo no Recife

Local onde doméstica foi resgatada em situação análoga à escravidão

Do G1 - Uma trabalhadora doméstica de 54 anos foi resgatada após passar 36 anos em situação análoga à escravidão, no Recife. A vítima, que não recebia salário,...

Leia MaisDetails

Governo Trump libera fotos inéditas de porta-aviões em ação perto da Venezuela

F-18 se aproxima do USS Gerald Ford com Mahan e Bainbridge ao fundo

Do g1 - A Marinha dos Estados Unidos divulgou na noite de quinta-feira (13) as primeiras fotos do grupo de ataque do maior porta-aviões do mundo, o USS...

Leia MaisDetails

“Suape será o grande hub do Nordeste”, diz Armando Monteiro Bisneto

Investimentos no Complexo de Suape modernizará porto

Da Redação do Blog - Em encontro com jornalistas no Vasto Restaurante, em Boa Viagem, o presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, cravou: o Complexo Industrial Portuário está...

Leia MaisDetails

Investimentos em Suape vão gerar mais de 1500 empregos só na construção

Novo terminal de contêineres impulsionam Suape

Da Redação do Blog - O Complexo de Suape receberá um segundo terminal de contêineres, um investimento significativo que promete impulsionar a infraestrutura portuária de Pernambuco. A informação...

Leia MaisDetails

Presidente de Suape diz que Refinaria Abreu e Lima vai dobrar de tamanho

Armando Monteiro Bisneto anuncia investimentos na Refinaria

Da Redação do Blog - O diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Armando Monteiro Bisneto, anunciou que a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), que chegou a correr...

Leia MaisDetails
Próximo Artigo

Esquerdistas e imprensa põem Fase Dois da operação em prática e dizem o que os assassinos esperavam

Por favor, faça login para comentar

Governo PE

Camaragibe

São Lourenço da Mata

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Internacional
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia
Assine nossa lista para receber atualizações diárias diretamente em sua caixa de entrada!

Blog do Ricardo Antunes

Ricardo Antunes - Debates, polêmicas, notícias exclusivas, entrevistas, análises e vídeos exclusivos.

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Internacional
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia

ASSUNTOS

Alexandre de Moraes Bolsonarismo Brasília Carnaval Coronavírus corrupção Covid-19 DEM Eleições Eleições 2020 Eleições 2022 Esporte EUA Fake News Fernando de Noronha Futebol Internacional Investigação Jair Bolsonaro João Campos Justiça Lava Jato Luciano Bivar Marília Arraes MDB Olinda operação Paulo Câmara PL polícia cívil Polícia Federal PSB PSDB PT Raquel Lyra Ricardo Antunes Rio de Janeiro Saúde Senado Sergio Moro STF São Paulo União Brasil Vacina Violência

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade.
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?