Do UOL — O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Amador da Cunha Bueno, chamou de “narrativa” o fato de a tornozeleira eletrônica do ex-presidente ter sido danificada.
Bueno não comentou vídeo e laudo divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária. Os materiais mostram o aparelho com sinais de queimadura. “Essa questão de tornozeleira é uma narrativa que tenta justificar o injustificável”, afirmou o advogado.
Segundo a Seape (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal), os agentes foram informados de que aparelho havia batido na escada. O relatório da secretaria diz, entretanto, que a tornozeleira não apresentou sinais de choque. “O dispositivo violado foi então recolhido e a equipe de escolta retornou para posto de vigilância externo à residência”, diz documento da secretaria.
O advogado argumenta que “não teria” como o cliente fugir, já que sua casa é monitorada por agentes federais. “A tornozeleira eletrônica foi apenas para causar humilhação ao presidente. Desconheço qualquer indivíduo no Brasil com tornozeleira eletrônica que tenha uma escolta permanente na porta de sua casa”, disse.
Bueno chegou na PF às 13h13 e saiu por volta das 16h. Durante o período que esteve na Superintendência da Polícia Federal, o advogado de Bolsonaro entrou e saiu do prédio várias vezes falando ao celular.
Manifestantes disputam espaço na porta da PF. Desde as primeiras horas da manhã, pessoas com camisetas vermelhas comemoraram a prisão preventiva do ex-presidente, com direito a abertura de uma garrafa de champanhe. Já os apoiadores de Bolsonaro estenderam faixas e fizeram oração pelo ex-presidente.
Bolsonaro foi preso preventivamente hoje por determinação de Alexandre de Moraes. Além do dano na tornozeleira, o ministro do STF fala do chamamento de vigílias em frente ao condomínio do ex-presidente pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A decisão do ministro cita “garantia da ordem pública com risco de aglomeração e para o próprio preso”.
Moraes deu 24 horas para que a defesa do ex-presidente dê explicações sobre a violação da tornozeleira. A PGR (Procuradoria-Geral da República) deve se manifestar após os advogados de Bolsonaro —pelo mesmo prazo de 24 horas.








