De O Globo – O condomínio Champlain Towers, onde ocorreu uma das piores tragédias da história da Flórida, é também epicentro do novo “point” de ricos e famosos, especialmente latino-americanos. Ivanka Trump, por exemplo, tem uma visão luxuosa do trabalho das equipes de resgate. A filha mais velha do ex-presidente americano Donald Trump mora em um apartamento no Arte, um dos prédios mais sofisticados da região, entre as ruas 87 e 88, na Avenida Collins, com vista para o mar. Os escombros onde se buscam os desaparecidos estão entre as ruas 88 e 89.
O aluguel médio no Arte é de US$ 38 mil (cerca de R$ 187,5 mil) por mês para um apartamento de três quartos e três banheiros, mais uma varanda com vista para o mar. A cifra, embora exorbitante para a maioria dos mortais, não é nada comparada aos US$ 37 milhões de dólares que Ivanka e seu marido, Jared Kushner, pagaram ao cantor espanhol Julio Iglesias por um pedaço de terra na vizinha Indian Creek Island.
Como o próprio nome sugere, é uma ilha, acessível apenas através de Surfside, onde têm casas o próprio Julio Iglesias, a modelo brasileira Adriana Lima, sua compatriota Giselle Bündchen e o marido, o astro do futebol americano Tom Brady, e muitos outros outros milionários que preferem não ser vistos, a não ser por acidente e graças aos intrépidos pilotos de barco que fazem os passeios aquáticos na Baía de Biscayne.
O nome que os locais dão à “pequena ilha”, ou melhor, ilhota, é “bunker dos bilionários”, e todos adorariam ser convidados para almoçar na casa do lendário apresentador chileno Don Francisco ou passar um tempo na piscina do Ricky Martin, mas os dois já emigraram. O primeiro se estabeleceu em sua terra natal, Santiago, e o porto-riquenho tem uma mansão ainda mais espetacular em Beverly Hills.
Segundo publicações imobiliárias de Miami, o ídolo do futebol argentino Lionel Messi já comprou um apartamento na espetacular Torre Porsche Design. Primeira construção residencial da marca alemã no mundo, ela fica na Collins com a Rua 185, ou seja, cerca de 10 minutos (sem trânsito) ou uma eternidade, dependendo do tempo, chuva e outros imprevistos, a partir das Torres Champlain.
Dolorosamente, 70 latino-americanos já foram colocados na lista dos desaparecidos no desabamento da torre sul das Torres Champlain. A localização era espetacular para quem ansiava pelo gosto da terra natal, mas preferia se sentir um pouco mais nos EUA, afinal, por isso chamam Miami de a cidade mais ao norte da América Latina.







