Por André Beltrão — A eleição estadual de 2022 começa a pegar fogo e ao que tudo indica vai ser mesmo um festival de baixaria. Irritado pelo fato do blogueiro Magno Martins ter criticado sua candidata Raquel Lyra (PSDB), e ainda ter lembrado a demora do lançamento de candidatura ao Governo em 2018, o ex-senador Armando Monteiro Neto (PSDB) respondeu na mesma moeda.
Chamou o jornalista de tendencioso, deselegante e desequilibrado. Magno chama Raquel Lyra de “mainha” e é um ácido crítico de sua candidatura.

Veja a dura nota do ex-senador contra o blogueiro pernambucano:
“Magno,
Suas posições sempre enviesadas, parciais, e de indisfarçável má vontade com Raquel Lyra, devem com toda a certeza resultar não apenas das suas idiossincrasias. Você insiste em extrapolar todos os limites. Sua análise sobre o que você chama “o fiasco do Levanta PE” é absolutamente distorcida e improcedente.
O Levanta Pernambuco, que eu acompanhei, foi um sucesso. Tanto é verdade, Magno, que Raquel foi guindada a uma posição de liderança em todas as pesquisas, e esse projeto ampliou muito o nível de conhecimento dela. O fato de Raquel e Anderson não terem ficado juntos decorreu de suas legítimas pretensões que, ao final, os levaram a não abrir mão de seus projetos.
Registre-se que a posição de Anderson mudou a partir do momento do ingresso do presidente Bolsonaro no PL, que terminou o obrigando a oferecer um palanque em Pernambuco. Quanto ao que você aponta como indecisão de Raquel, chagando a comparar com a minha posição em 2018, é inteiramente despropositada.
Quem percorreu Pernambuco, assumiu a presidência de um partido a nível estadual, discutiu os problemas do Estado, é evidente que será candidata. O anúncio, desde o início, depende de um juízo de conveniência dela em relação ao momento adequado, mas todo Pernambuco sabe que ela será candidata.
Quanto a mim, Magno, quem me conhece sabe que nunca fiquei em cima de muro. Se houve demora em 2018 para a definição da candidatura, isso se deu porque naquele instante eu estava admitindo apoiar outros nomes, como o de Fernando Bezerra e de Mendonça Filho. Na medida em que os mesmos não se viabilizaram, eu fui obrigado, em última instância, a assumir a candidatura, para que as oposições, não se ausentassem daquele pleito. Portanto, eu não fiquei na zona de conforto,
Magno, já é tempo, em respeito à sua própria trajetória, que você reavalie certos posicionamentos. Você pode exercitar o jornalismo numa linha de maior isenção, elegância e equilíbrio. Ao final, como alguém que sempre lhe respeitou, eu faço votos de que isso ainda possa acontecer”.