Do G1 — A Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta sexta-feira (17) em Atibaia, interior do estado, cerca de 70 armas de Thiago Brennand após o Exército suspender no ano passado o registro de CAC, sigla usada para identificar caçadores, atiradores e colecionadores de armamentos e munições, dele.
Atualmente o herdeiro e empresário é considerado foragido da Justiça pela polícia paulista. Thiago segue nos Emirados Árabes. Até a última atualização desta reportagem, o mandado não havia sido cumprido pela polícia e o acusado seguia no exterior (leia mais abaixo).
Ele tem quatro mandados judiciais de prisão decretados contra ele. Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) já decretou mandados de prisões preventivas contra acusado por agredir modelo, tatuar e sequestrar outra mulher e estuprar jovem.
Segundo os delegados José Eduardo Jorge e Luciano Samara Tuma Giaretta, do 15º Distrito Policial (DP), Itaim Bibi, na Zona Sul, foram apreendidos metralhadoras, pistolas e fuzis.
De acordo com José Eduardo Jorge, delegado titular do 15º DP, “o advogado de Thiago Brennand, Eduardo César Leite, aceitou entregar as armas depois que o certificado de registro [CR] Colecionador, Atirador e Caçador [CAC] foi cancelado pelo Exército.”
Thiago é acusado de estuprar a estudante de medicina e miss Setpanie Cohen em 2021. Ela o acusa de tê-la dopado e estuprado num hotel onde ele estava morando na capital paulista à época.

Segundo as autoridades, Thiago está nos Emirados Árabes desde setembro do ano passado, quando o Fantástico, da TV Globo, revelou uma das oito acusações de crimes que ele responde atualmente. Enquanto não é preso, o herdeiro aguarda em liberdade no exterior o resultado do seu processo de sua extradição.
Apesar disso, para a Polícia Civil de São Paulo ele é considerado fugitivo da Justiça, segundo informou nesta terça-feira (7) a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado.
“A Polícia Civil informa que o suspeito citado é considerado foragido após a decretação dos mandados de prisão pela Justiça”, informa nota divulgada pela pasta da Segurança.
Para a defesa de algumas das vítimas, ele já pode ser considerado foragido da Justiça porque saiu do país e ainda não foi detido.
A reportagem procurou ainda o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) Ministério Público (MP) para comentarem o mesmo assunto.
Por meio de nota, o MP informou que “essa informação deve ser solicitada ao Tribunal de Justiça”. Procurado, o TJ-SP ainda não se pronunciou.