Por Ricardo Antunes, em São Paulo — Nem o pré-candidato da Frente Popular, Danilo Cabral (PSB) estava com Covid-19, nem a pré-candidata do Solidariedade, Marília Arraes, estava com a filha doente. Os dois “inventaram” as respectivas histórias porque receberam a informação de que não poderiam comparecer ao evento de lançamento da chapa Lula-Alckmin, no último sábado (07), aqui em São Paulo.
Segundo o blog apurou, ainda no sábado e no domingo Marília Arraes participou de atos de pré-campanha, o mesmo ocorreu com Danilo Cabral, que teve algumas reuniões internas, e chegou até mesmo a sair de sua residência, para uma visita informal. Hoje mesmo, ele apresentou um laudo dizendo que não tinha Covid, aumentando as suspeitas do veto da direção nacional do PT.
Na cerimônia, o partido oficializou a pré-candidatura do ex-presidente Lula e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para concorrerem à Presidência. A chapa conta ainda com o apoio de cinco partidos – PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade e PV.
Com o “mote” de “união”, o evento não poderia contar mesmo com Danilo Cabral e Marília Arraes, que em Pernambuco disputam o legado do ex-presidente. Oficialmente, Lula anunciou o apoio ao candidato do PSB e negou o palanque duplo no estado. Por outro lado, ele não se opôs a Marília Arraes fazer uso de sua imagem na campanha, e ainda dividiu o palanque com a ex-petista em São Paulo.
ENCONTRO
Duas semanas após encontrar o ex-presidente Lula em São Paulo, o dono da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro.

PEDIDO
O encontro aconteceu no início da última terça-feira (3/5), no Palácio do Planalto. O ministro das Comunicações, Fabio Faria, acompanhou a conversa. Segundo interlocutores de Benchimol, o economista repetiu a Bolsonaro o mesmo pedido que fez a Lula: propostas de campanha para aqueles que, como o executivo, querem empreender no Brasil.
MISSÃO
Lula desembarca em Minas Gerais no momento em que o seu palanque no 2º maior colégio eleitoral do país corre o risco de implosão. O PT, tem diferenças com o PSD de Alexandre Kalil e pode perder o apoio do ex-prefeito de Belo Horizonte, pré-candidato ao governo.
OBSTÁCULO
O desafio de Lula é garantir o espaço pretendido pelo PT mineiro na chapa com Kalil, de colocar o deputado federal Reginaldo Lopes como candidato ao Senado. A resistência do PSD envolve outro Alexandre, o Silveira, que é o preferido de Kalil para integrar a chapa Senado/Governo na campanha.

APROXIMAÇÃO
Cresce no entorno de Bolsonaro um movimento para que o presidente tenha Gilmar Mendes como um de seus principais interlocutores no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os entusiastas desta aproximação estão integrantes do governo e também do clã Bolsonaro.
CRISE
Há algumas semanas, Gilmar Mendes chegou a se encontrar com o senador Flávio Bolsonaro para discutir a crise instaurada pelo próprio presidente, ao conceder o indulto ao deputado federal Daniel Silveira.
TRAIÇÃO
Mais um aumento no preço do diesel, agora de 8,87%, irritou os caminhoneiros, que há tempos estão decepcionados com a política de preços do Governo Federal. Eles já falam em “traição”.

NEGÓCIOS
O empresário Abilio Diniz, 85, comandará o novo programa da CNN Brasil. Exibido aos domingos, Olhares Brasileiros vai abordar assuntos como educação, negócios, empreendedorismo e cultura, temas de importância redobrada em ano eleitoral.
PROGRAMA
A partir de 22 de maio, Abilio receberá personalidades brasileiras dos mais diversos setores em conversas sobre caminhos possíveis para o desenvolvimento do Brasil. Olhares Brasileiros vai ao ar às 21h, com reapresentação aos sábados, às 14h.
VINGANÇA
Se o líder do Avante, Sebastião Oliveira, desembarcar com o seu grupo na coligação de Marília Arraes (SD), o PSB já tem engatilhada a sua vingança: vai negar a legenda para que seu irmão Rogério Leão seja candidato a deputado estadual.

PULANDO FORA
Candidatos do PP e do PL já definiram a estratégia para se desvincular do presidente da República nas eleições no Nordeste — região em que a discrepância de intenção de votos em Lula e no presidente atinge seu ápice. O centrão baterá na tecla de que os problemas estaduais são locais e que, portanto, não há por que se nacionalizar o pleito.
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