Por Lauro Jardim — O núcleo político do governo tem aconselhado Jair Bolsonaro a “não extrapolar”. A avaliação é que Bolsonaro deixou o STF na defensiva com o decreto de perdão a Daniel Silveira. E, portanto, seria a hora de saborear o acerto e não de dobrar a aposta.
Um assessor direto de Bolsonaro, porém, não deixa de ficar apreensivo: “O nosso receio é que ele se exceda só porque deu certo a estratégia dele”. O assessor conhece o presidente e sabe o que teme. Ontem mesmo Bolsonaro comandou um evento “a favor da liberdade de expressão” com a presença de Daniel Silveira em pleno Palácio do Planalto.
Na cerimônia, atacou o STF, disse que Luís Roberto Barroso é mentiroso e voltou a lançar dúvidas sobre a confiabilidade do processo de apuração de votos.
Em resumo, extrapolar é com ele mesmo.