Por Luiz Roberto Marinho – O professor Alan Eric de Sousa registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste, denunciando estar ameaçado de morte por haver entregue à Arquidiocese de Olinda e Recife dossiê sobre irregularidades na superintendência da Santa Casa de Misericórdia, na qual trabalhou por um ano e dois meses.
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Ele acusa no BO o superintendente da Santa Casa de Misericórdia do Recife, padre Claudionor Alves de Lima, e quatro funcionários da instituição. – Luiz Ricardo Santos Dias, Maxuell Fernandes, Rafael José Ferreira da Silva e Felipe de Lima Suruagy, gerente do Centro Geriátrico Padre Venâncio, uma das quatro instituições da Santa Casa.
Relata ter sido agredido, em 11 de julho passado, por Rafael José, seu ex-namorado, com um soco no rosto que quebrou seus óculos, ouvindo dele que a agressão foi uma atitude tomada em nome do grupo e que todos eles iriam “destruir” sua vida íntima e “descredibilizá-la de todas as formas”. Alan Eric e Rafael dividiram por alguns meses um apartamento em Casa Caiada, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
Conta que, no dia em que foi demitido da superintendência, em 11 de junho último, Luiz Ricardo, um dos principais assessores do padre Claudionor Alves de Lima, levou-o até sua residência e ameaçou: “Agora sei onde você mora e nós podemos destruir você. Se você abrir a boca, eu espero que você saiba conduzir tudo isso muito bem, para não amanhecer com boca cheia de formigas”, disparou o assessor, conforme o BO.
Segundo Alan Eric, Felipe Suruagy lhe telefonou perguntando se estava protegido, por haver traído a confiança do padre Claudionor Alves de Lima e dos outros integrantes do grupo.
Como divulgou o Blog, Alan Eric acusa no dossiê o padre Claudionor Alves de Lima, que assumiu a superintendência da Santa Casa em janeiro de 2024, de haver usado para gastos pessoais o cartão corporativo com o nome do arcebispo Dom Paulo Jackson, presidente da instituição, com limite de R$ 60 mil, e de promover assédio sexual de outros padres sobre os servidores da instituição, incluindo ele próprio.
Confira a íntegra do BO.

OUTRO LADO
Desde a eclosão do episódio do dossiê, a Santa Casa de Misericórdia divulgou três notas oficiais. Nos textos, enfatiza serem “totalmente infundadas e não condizentes com a realidade” as acusações do dossiê, afirma que “não compactua com condutas criminosas” e diz que seu ex-funcionário foi demitido por compartilhar “conteúdos ilegais relacionados à pedofilia e zoofilia”.









