Do Estadão – Morreu neste sábado, 13, aos 80 anos, o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, fundador do Banco Santos, que teve sua falência decretada em 2005. O economista, que já foi um dos empresários mais ricos do Brasil e era conhecido pela sua extensa coleção de arte, chegou a ser preso duas vezes e, nos últimos anos, vivia em um apartamento alugado depois de ter sido despejado de sua famosa mansão no Morumbi.
Conforme mostrou o Estadão em maio de 2023, o empresário vivia nos últimos anos em um apartamento alugado, de cerca de 300 metros quadrados, na capital paulista. Na época, o ex-banqueiro relatou levar uma vida espartana, não ter mais nenhum bem físico em seu nome e viver às custas da ajuda dos três filhos.
Ele se mudou para o apartamento após ter sido despejado de antiga mansão com vista para o Jóquei Clube, no Morumbi, em 2011. A residência de 4,5 mil m² de área construída foi um projeto arquitetônico de Ruy Ohtake e incluia duas piscinas – uma coberta e outra ao ar livre –, uma adega para cinco mil garrafas de vinho, duas bibliotecas (com coleção de livros de arte incluída).
Desde 2020, o imóvel pertence ao empresário Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional,após ter sido arrematada em um leilão por R$ 27,5 milhões.Em maio de 2023, foi divulgado que o proprietário do imóvel contratou um escritório de arquitetura para estudar a viabilidade da construção de um empreendimento de casas de luxo.

Em 2015, a Justiça Federal anulou a fase de interrogatórios, e a sentença contra Edemar pela gestão fraudulenta no Banco Santos também foi anulada. Os desembargadores do caso decidiram que a fase de interrogatórios deveria ser refeita.
O ex-controlador do banco foi preso em duas ocasiões. Na mais longa, ficou três meses detido no presídio de segurança máxima de Tremembé, no interior de São Paulo. Sobre o período de cárcere, o banqueiro diz que “tirou de letra”, porque, segundo ele, “sabia que a verdade viria à tona”. “A sensação de estar preso era algo muito maluco, mas eu tinha certeza que estava certo e seria solto”, contou ao Estadão em 2023.









