Com 285 votos, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados. Maia derrotou Rogério Rosso (PSD-DF), que era considerado favorito, mas que recebeu 170 votos, no segundo turno da votação. A vitória de Rodrigo Maia foi antecipada pelo blog que lembrou, ainda antes da votação do segundo turno, que a imagem de candidato do centrão e de Eduardo Cunha (PMDB) seria fatal paras as pretensões de Rosso, candidato preferido do Palácio do Planalto. “Vou governar com todos os partidos e vamos colocar uma pauta positiva para o país. O modelo político está falido”, disse ele em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
Maia teve o apoio da antiga oposição à presidente Dilma Roussef, incluindo partidos como PSDB e PPS. No entanto, apesar de ter se apresentado como fiel ao governo do presidente interino, Michel Temer, fez sua campanha também buscando votos de partidos da antiga base da presidente Dilma. Como argumento, usava sua contraposição ao chamado centrão, bloco também da base governista mas apontado como próximo a Cunha.
Para o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, pesquisador do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), foi justamente essa posição que o levou à vitória. “O momento agora é o pós-Cunha”, afirma. “A Câmara tem que voltar a debater os grandes problemas nacionais, os projetos do governo. Maia está em melhores condições de ser representativo da maioria, mais pacificador e efetivo.” O cientista foi ouvido pelo Uol.







