Por Ségio Sá Leitão.
Olá! Acontece hoje no país uma greve em escolas e universidades supostamente feita em nome da Educação. Peço licença a você para compartilhar uma breve reflexão sobre o assunto.
Precisamos encarar a realidade. Sem a reforma da Previdência (e sem a recuperação econômica), não haverá recursos para cumprir o previsto no Orçamento da União. Mais gastos com a Previdência = Menos recursos para Educação, Saúde, Segurança, Cultura etc. Não há mágica. Não há milagre.
O Governo Federal não contingenciou recursos da Educação e de todas as demais áreas porque é mau; contingenciou como medida preventiva para enfrentar o déficit fiscal, enquanto não sai a reforma da Previdência. A crise fiscal se arrasta há anos; todos os governos anteriores contingenciaram.
Boa parte dos que insuflam a greve de hoje apoiou os governos que produziram a crise econômica e o déficit fiscal; e tem combatido sistematicamente todas as medidas racionais anti-crise e anti-déficit já propostas desde o governo Temer, como a reforma da Previdência. Sua agenda não é a Educação; é a política e a ideologia.
A Educação é uma causa de todos os brasileiros. Precisamos investir mais e melhor. Mas não teremos recursos para isso sem a reforma da Previdência, a recuperação econômica e as outras reformas essenciais. Eis o grande desafio. Criar condições para a revolução educacional do Brasil.
Defender a Educação passa, necessariamente, por defender a reforma da Previdência e as reformas essenciais, como a reforma econômica, a reforma do Estado e a reforma tributária. O que está em jogo é o futuro (e o desenvolvimento pleno) do Brasil.
Sérgio Sá Leitão é Secretário da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.




