Com informações de O Antagonista |
Jair Bolsonaro voltou a chamar a atenção para as relações entre Lula e o Irã.
Um dia depois de gravar um vídeo relembrando que o petista visitou aquele país quando presidente, Bolsonaro publicou no Twitter uma notícia em que “ao lado de Ahmadinejad, Lula defende democracia e direito do Irã a desenvolver energia nuclear”.
“O POVO QUE ESQUECE SEU PASSADO ESTÁ CONDENADO A PERDER SUA LIBERDADE”, escreveu o presidente, assim mesmo em caixa alta.
_______________________
Diferentemente do que foi dito hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Declaração de Teerã, acordo nuclear proposto não previa que houvesse enriquecimento de urânio a 20% —passível de uso em armas nucleares— em território iraniano.
Em 2009, Lula viajou ao Irã para se encontrar com Mahmoud Ahmadinejad, então presidente do Irã. Na época, o país persa ampliava seu programa de enriquecimento de urânio. Os Estados Unidos e outros países temiam que a iniciativa fosse utilizada para o desenvolvimento de armas nucleares.
O acordo sugerido
A Declaração do Teerã foi proposta em 2010 por Lula e pelo então primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. O acordo, que acabou não sendo implementado —pois não teve apoio integral dos EUA— previa que o Irã enviaria 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento para a Turquia.
Em troca, os iranianos receberiam 120 quilos de urânio enriquecido a 20% de países integrantes do Grupo de Viena, composto pelos EUA, Rússia, França e pela Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica). Pelo acordo, o Irã usaria o urânio enriquecido em instalações civis, para fins pacíficos.







