Da Veja — Brasil e Argentina fazem neste domingo, 5, a partir das 16h (de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo, o maior clássico do futebol sul-americano, em jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa de 2022. O jogo é uma reedição da recente final da Copa América, vencida pelos argentinos, no Maracanã. A conquista que encerrou um jejum de 28 anos sem taças anima a equipe liderada por Lionel Messi, que vem sendo a grande pedra no sapato do técnico Tite.
Embora esteja com incríveis 100% de aproveitamento em sete jogos das Eliminatórias e com vaga encaminhada para o Catar, o Brasil não deixou boa impressão na Copa América e nem na última partida, vitória por 1 a 0 sobre o Chile em Santiago. Chega, portanto, pressionado para o reencontro com os hermanos.
Tite assumiu a seleção brasileira em 2016 e tem hoje 80% de aproveitamento: foram 46 vitórias, 11 empates e apenas cinco derrotas em 62 jogos. No entanto, um três dos cinco revezes foram justamente diante da Argentina. Além da final da Copa América, perdeu um amistoso em 2017, na Austrália, e outro em 2019, na Arábia Saudita, ambos por 1 a 0. As outras derrotas foram para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018, e para o Peru, em um amistoso em 2019, também por 1 a 0.

Tite tem também três triunfos diante da Argentina (3 a 0, pelas Eliminatórias em 2016, 1 a 0 em amistoso em 2018 e 2 a 0 na semifinal da Copa América de 2019), somando 50% de aproveitamento, com seis gols marcados e três sofridos.
Após a final da Copa América, Tite ressaltou que a equipe dirigida por Lionel Scaloni teve méritos, mas criticou sua estratégia de “antijogo, cavando faltas o tempo todo, demora para bater, arbitragem…”. Na véspera do duelo deste domingo, o treinador gaúcho evitou polêmicas e disse ter admiração pela equipe que mais lhe deu trabalho.
“Não adianta usar der hipocrisia. É inevitável dizer que o jogo tem conotação diferente. A gente só rivaliza com quem admira. São jogos assim, como quando em clubes contra Boca, River, Estudiantes, San Lorenzo e Racing, fica outra atmosfera. Mas o que não podemos é jogar o jogo antes, temos absorver energia, ter serenidade, equilíbrio, discernimento. É um jogo emocional que mobiliza, que provoca perguntas, mas essa ponderação é fundamental”, disse Tite, em coletiva pré-jogo,no sábado. “O duelo é especial.”
O atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, deve novamente ser escalado como titular e falou sobre a frustração na final da Copa América. “É outro momento, agora é Eliminatórias, a gente vem de mais uma vitória. Ficamos tristes pela derrota na final, mas é outro momento. É desfrutar, jogar bem e merecer a vitória”, destacou o jogador do Flamengo.