Considerado por muitos como mais “político” e “jeitoso” que o próprio irmão, tido um verdadeiro “trator” quando estava obcecado por um objetivo, a candidatura do escritor e advogado, Antonio Campos conseguiu reunir um leque de apoio que deve colocá-lo no segundo turno mas um fato tem sido objeto de preocupação entre seus simpatizantes:
Os desdobramentos da “Operação Turbulência” que não só desgastou a imagem do ex-governador Eduardo Campos como colocou na mídia a descoberta de uma organização criminosa que, segundo a Polícia Federal, teria desviado mais de R$ 600 milhões para as campanhas do ex-governador. Pesquisas internas de adversários apontam que a oposição vai fazer de tudo para associar o nome de Antonio Campos ao desgaste provocado por essas revelações.
Ao contrário do irmão, nada consta contra Antonio Campos que pavimentou com muita paciência sua candidatura conversando com vários partidos. “Tonca”, como é chamado na intimidade tem a vantagem de não ser um político tradicional nem de ser afeito a intrigas, além de ter trânsito livre no setor acadêmico. “Ele faz pontes e tem um estilo totalmente diferente de Eduardo. Você nunca vai ver ele falando mal de alguém”, disse um parlamentar ao blog ao analisar a sucessão de Olinda.
Além das dificuldades de não ter um palaque unido em torno do seu nome (tanto o PMDB quanto o PC do B) lançaram candidatos próprios, os adversários acreditam que apenas a associação do nome do escritor e advogado a “operação Turbulência” pode trazer algum prejuízo a candidatura do filho da ministra Ana Arraes. Essa mesma tática será usada contra a candidatura do prefeito Geraldo Júlio (PSB) que disputa a reeleição no Recife.Se a tática dos seus adversários dará certou ou não é outra história.







