Por Mino Pedrosa, do Fatos Online – O martelo da Justiça bateu e inocentou a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, que vinha sendo assombrada pelo fantasma da Operação Drácon. Essa situação era usada por adversários de Celina num jogo de xadrez digno dos maiores mestres da modalidade. O tabuleiro da política se mexeu, e Celina tem agora parte de seus antigos adversários como aliados nas eleições de 2026.
A semana começou fervorosa com a notícia de que o Banco Regional de Brasília (BRB) havia adquirido 58% das ações do banco Master, que estava falido, de acordo com o mercado. A jogada do “rei” teve o intuito de aproveitar a repercussão, contando com o avanço das ações na B3. Nesta segunda-feira, o mercado registrou um aumento de 90% nas ações do BRB.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, sabe que está rifado, e sua gestão temerária — já reconhecida pelo Banco Central — corre o risco de levá-lo à cadeia, mantendo a tradição dos presidentes anteriores da instituição bancária de Brasília. Paulo Henrique já tem convicção de que não fará parte da equipe de um eventual governo Celina Leão, por isso tenta a todo custo tapar o buraco do queijo suíço em que se transformou o BRB.

O Banco Central já “canetou” contra Paulo Henrique, deixando-o inabilitado. Agora, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai investigar com lupa quem se beneficiou com a compra das ações na baixa. Paulo Henrique tentou, nos últimos dois meses, uma manobra para transformar o BRB num banco cuja estrutura se assemelhasse à do BC, com o presidente tendo mandato de quatro anos. Contudo, a manobra foi descoberta e denunciada pelo Fatos Online.
A sórdida operação com o Banco Master fez vir à tona o pior do banco, pois, de acordo com especialistas e também políticos de oposição, o Master possui ativos apodrecidos, precatórios exorbitantes e de difícil recebimento, sem falar dos CDBs com taxas de juros muito acima das praticadas pelo mercado.
A rocambolesca história, na realidade, é mais uma vez o dinheiro público sendo usado para salvar banqueiros à beira da bancarrota. Vale lembrar as falências dos bancos Nacional e Banco de Santos. Não se pode esquecer que a ex-ministra de Bolsonaro e ex-mulher de José Roberto Arruda, atual Flávia Peres, é casada com o banqueiro sócio do Banco Master e ocupa uma função estratégica na direção do banco.
Pelo andamento desta operação, Paulo Henrique com certeza tem o nome costurado na boca do sapo e, se depender de Celina Leão, sairá do BRB pela porta dos fundos — ou até mesmo num camburão.









