Por Cézar Feitoza, do Antagonista – A Cinemateca Brasileira voltou aos holofotes depois de Jair Bolsonaro prometer para Regina Duarte o comando da instituição. Abandonada pelo governo federal, o órgão responsável por cuidar da memória do cinema nacional está prestes a sofrer um apagão.
AG gestão da Cinemateca foi repassada pelo governo federal para a Associação Comunicativa Educativa Roquette Pinto (Acerp) em 2018. O governo, no entanto, parou de fazer os repasses previstos no contrato no meio do ano passado, em meio à queda de braço entre o Ministério da Educação e a Acerp pela TV Escola, administrada pela Roquette Pinto.
Os custos para a manutenção da Cinemateca são de quase R$ 13 milhões por ano. Em 2019, apenas R$ 7 milhões foram repassados pelo governo. Neste ano, nenhum real foi pago.
Para evitar o colapso, a Roquette Pinto tirou de seus cofres R$ 10 milhões. Mas, apesar do esforço, a conta de luz de abril não foi paga.
A energia custa, em média, R$ 150 mil. O preço é elevado por causa dos refrigeradores, que precisam ficar ligados para preservar fitas dos primórdios do cinema brasileiro. O corpo técnico da Cinemateca compara a situação com a do Museu Nacional, consumido por um incêndio em 2018.







