Da Redação do Blog – Foi um sucesso absoluto, com bom público e muitos debates, o seminário “Jornalismo, Política e Economia: Cenários para 2025”, promovido pela Facto Comunicação, durante toda a sexta-feira (20), no Novotel Recife Marina.
Três renomados jornalistas e um advogado altamente conceituado abordaram dilemas por que passa o país na política, na economia, no comportamento e no exercício do jornalismo, com análises claras e precisas, provocando várias discussões, sempre em bom nível.
O jornalista Wilson Lima, repórter do site O Antagonista, primeiro palestrante do seminário, destacou a importância da isenção do jornalista num país altamente polarizado ideologicamente, fosso aprofundado a partir das eleições presidenciais de 2022.
“Eu posso gostar ou detestar o Bolsonaro. Posso gostar ou detestar o Lula. Mas isso é irrelevante, porque ambos são objetos de estudo. Meu trabalho é tratá-los assim, de forma imparcial”, afirmou Wilson.
Especializado em Direito Digital e na defesa de jornalistas vítimas de assédio judicial, o advogado Lucas Mourão revelou que a maioria das ações judiciais contra jornalistas tem o objetivo principal de causar o chamado “efeito do respiramento”.

Definiu o fenômeno como o objetivo de levar o profissional à autocensura ao constrangê-lo de tal forma, obrigando a despesas com viagens e advogados, que, mesmo vencendo a causa, pensará duas vezes quando for escrever novamente sobre o autor do processo, apesar de ter provas e uma informação de interesse público.
Para o jornalista George Vidor, especializado em economia, ex-editor do jornal O Globo e ex-comentarista econômico da Globonews, terceiro palestrante do dia, são positivas as perspectivas da economia brasileira para 2025.
Baseou suas expectativas nas contas externas equilibradas, na implementação da reforma tributária, que irá rearrumar a federação, eliminando as concorrências predatórias entre os estados por investimentos privados, na constatação de um país conectado e digitalizado e na transformação da qualificação da mão de obra.
Entre outros temas, o jornalista Caio Coppolla, comentarista de política da CNN, último conferencista do seminário, expôs a polêmica das redes sociais. Propôs que as contas em redes sociais sejam vinculadas ao CPF ou CNPJ do usuário.
“Você pode, literalmente, falar o que quiser, mas deve responder por isso. É o binômio liberdade com responsabilidade”, assinalou. Coppolla. Criticou a remoção indiscriminada de perfis e conteúdos nas redes sociais, afirmando que medidas drásticas como essa precisam ser respaldadas judicialmente. “O Marco Civil da Internet estabelece que a remoção só pode ocorrer após notificação judicial, com a especificação clara da lei violada”, destacou ele.









