Do Blog de Jamildo — Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltar a ser elegível com a anulação nas condenações na Operação Lava Jato, o cenário das eleições para 2022 passou a ser reavaliado no âmbito nacional. Em Pernambuco, a situação não é diferente, sobretudo nos partidos PSB, PT e PDT.
Para 2022, o PSB tem como provável candidato a governador o ex-prefeito do Recife e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, na tentativa de suceder Paulo Câmara. O PT, por sua vez, até então, tem como nome mais cotado o senador Humberto Costa.
No caso do PT, o objetivo de lançar Humberto seria para fazer um palanque para Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial. Agora, com Lula elegível – e se isso se efetivar até as convenções partidárias do próximo ano, os planos podem priorizar uma aliança em torno da factível candidatura do ex-presidente ao Palácio do Planalto.

Três fontes do PSB ouvidas na noite da segunda-feira (08) e na terça-feira (09) preferiram não se manifestar publicamente sobre o assunto. Mas são unânimes: uma aliança do PSB em Pernambuco com o PT é possível e uma aliança entre Geraldo Julio e Lula traria benefícios eleitorais para ambos.
Na composição, o PT poderia sacrificar Humberto Costa para governador, que até o momento não confirmou publicamente a intenção de disputar, em prol de um apoio do PSB, ou de parte dele, a Lula no âmbito nacional.
A avaliação de parlamentares do PSB é de que, com a alta popularidade de Lula no estado, sobretudo no interior, a eleição de Geraldo Julio (PSB) para governador ficaria mais segura, diferentemente de uma aliança com o PDT, de Ciro Gomes – menor potencial de votos no estado em relação a Lula, historicamente.
“Quem traria mais benefícios para o nosso palanque? Uma aliança com Ciro Gomes ou com Lula, sendo candidato?”, resume um integrante do PSB de Pernambuco.
Um deputado do PSB, de outro estado, é contrário à aliança do PSB com o PT e defende um movimento em prol de nomes de centro, como Luciano Huck. “O momento pede equilíbrio”, afirma. Entretanto, o parlamentar admite: “quem comanda o PSB é o grupo de Pernambuco”.