Da Redação do Blog – Preso um dia depois de completar 57 anos, o ex-ministro do Turismo, médico veterinário, empresário e sanfoneiro Gilson Machado vai ter de cancelar apresentações de sua banda marcadas para as festas de São João, Forró da Brucelose, formada na década de 1990, em Gravatá, no Agreste.
O debochado nome da banda, que toca forró eletrônico, é uma brincadeira lançando dúvidas sobre a qualidade dos músicos – brucelose é uma doença que ataca o gado, causando o aborto nas vacas.
Antes de se tornar bolsonarista proeminente, Gilson Machado chegou a gravar seis álbuns da banda, até 2000, como Gilson Neto. O primeiro foi lançado em 1995 e vendeu cerca de 25 mil cópias. O álbum de 1998, sucesso comercial, chegou a vender 300 mil cópias.
Dono de uma pousada de alto luxo em São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas, a Villas Taturé, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro passou o último Natal, Gilson Machado havia negado veementemente, em nota à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, ter feito contatos com o consulado de Portugal no Recife para obter passaporte para o tenente coronel Mauro Cid, motivo de sua detenção.

Afirmou que fez o contato para renovar o passaporte do pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães. Escreveu ele, na nota à colunista, republicada nesta sexta-feira: “Assim que soube das matérias publicadas envolvendo meu nome, reitero nessa oportunidade, que apenas mantive contato telefônico em maio último, com Consulado Português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai Carlos Eduardo Machado Guimarães renovar o passaporte, o qual foi feito após dita solicitação”.
Ministro do Turismo de Bolsonaro entre dezembro de 2020 e março de 2022, Gilson Machado foi candidato à Prefeitura do Recife em outubro último, pelo PL, obtendo a segunda colocação, com pouco mais de 129 mil votos, correspondentes a 13,9% do total. João Campos (PSB) foi reeleito com 78% dos votos no primeiro turno.