Do G1PE com Redação do Blog – Um voo da Azul enfrentou problemas por causa de uma “turbulência severa” no trajeto entre Fernando de Noronha e Recife, na manhã da quarta-feira (5). Os passageiros relataram momentos de pânico, e a companhia aérea confirmou que tripulante teve uma “entorse no tornozelo e recebeu atendimento médico”.
O entorse no tornozelo acontece quando a articulação não luxa nem fratura, mas tem uma lesão no ligamento.
“Parecia que o avião tinha perdido a sustentação, algumas malas caíram. Tudo aconteceu rápido, mas foi muito intenso. Nós sentimos o corpo indo para cima, parecia que iria bater no teto”, disse o empresário Raimar Souza, que mora em Fernando de Noronha e estava na aeronave.
Ele também falou que o avião deu muitas voltas até pousar no aeroporto da capital pernambucana. “O piloto pediu desculpas. Quando pousou, nós vimos a ambulância”, contou Raimar Souza.

Áudios que circulam em grupos de moradores de Fernando de Noronha em aplicativos mostram o pânico dos passageiros quando a aeronave perdeu altitude.
Em nota, a Azul informou que o problema aconteceu no voo AD4267. “O avião não sofreu qualquer problema técnico. Devido a condições climáticas adversas na região, a aeronave passou, momentaneamente, por zonas de turbulência severa enquanto orbitava no aguardo para aproximação final”, afirmou a empresa. A azul disse ainda que a comissária recebeu atendimento médico após o pouso, “que aconteceu normalmente”, que prestou toda a assistência necessária aos clientes e tripulantes e que a operação do voo foi feita em segurança.
A Azul usa aeronaves ATR 72-600, um turboélice de fabricação franco-italiana, na rota Recife-Fernando de Noronha-Recife. Foi um desses modelos, da empresa Voepass, que despencou em Vinhedo, no interior de São Paulo, em agosto do ano passado, matando seus 62 ocupantes. A Azul possui 33 ATR-72 em sua frota.