Por Ricardo Antunes – O processo licitatório da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para a contratação de prestação de serviços de motorista promete render muitas polêmicas diante das irregularidades já denunciadas com exclusividade por este Blog. Agora, o que chama a atenção da manobra tida como “carta marcada” é o valor do serviço, orçado em R$ 11.417.813,04 (onze milhões, quatrocentos e dezessete mil, oitocentos e treze reais e quatro centavos).
O valor estimado é R$ 3.408.160,61 (três milhões, quatrocentos e oito mil, cento e sessenta reais e sessenta e um centavos) mais oneroso aos cofres públicos, se comparado ao último processo, orçado em R$ 9.647.704,80 (nove milhões, seiscentos e quarenta e sete mil, setecentos e quatro reais e oitenta centavos).
O reajuste é questionado, principalmente por se tratar de ano eleitoral e pelo fato do proprietário da empresa vencedora – a Toppus Serviços Terceirizados -, ser do vice-prefeito de Paulista e pré-candidato a deputado estadual, Dido Vieira (MDB).

A empresa Premius, que até então era a responsável pelo serviço e cuja vigência está válida até o próximo dia 31 de agosto, já acionou a pregoeira da Alepe juridicamente, a fim de corrigir os erros do processo. O Legislativo estadual estranhamente ainda não se pronunciou sobre o caso, apesar de ter sido procurada mais de uma vez pela nossa reportagem.