Do Metrópoles – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (31/10), a 8ª fase da Operação Overclean com um foco direto no embaraço às investigações. A coluna apurou que dois dos alvos, Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes, ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins, foram presos sob suspeita de monitorar a movimentação da própria PF para tentar se antecipar ao cumprimento de mandados.
De acordo com a apuração da coluna, o grupo investigado teria dedicado esforços não apenas para fraudar contratos e desviar recursos públicos, mas também para vigiar a Superintendência da Polícia Federal no Tocantins, buscando identificar potenciais diligências, deslocamento de equipes ou início de operações.
A prática, segundo investigadores, tinha o objetivo de alertar comparsas e ocultar provas antes de eventuais ações da PF.
Os dois foram detidos logo no início da manhã em cumprimento às ordens expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Policiais federais também cumpriram mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e em quatro cidades do Tocantins, Palmas, Gurupi, Amargosa e Nova Iguaçu.
O que mira a nova fase
A Overclean investiga um esquema de fraude em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo verbas federais que deveriam custear serviços e projetos municipais. Empresários, servidores e ex-gestores públicos do Tocantins são apontados como parte de um grupo estruturado para camuflar beneficiários e superfaturar contratos.

A coluna apurou quem são os novos alvos:
Éder Martins Fernandes: ex-secretário executivo de Educação do Tocantins, ele é apontado como um dos responsáveis por direcionar contratos e auxiliar na liberação de recursos públicos. Teve papel central em convênios investigados pela Controladoria-Geral da União.
Claudinei Aparecido Quaresemin: foi secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins. Segundo as apurações, ele teria atuado para facilitar empresas ligadas ao grupo investigado em licitações no estado.
Luiz Cláudio Freire de Souza França: advogado e atual secretário nacional do Podemos. De acordo com as apurações, é suspeito de participar da articulação que conectava interesses privados ao núcleo político da organização criminosa.
Itallo Moreira de Almeida: ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia. É investigado por envolvimento operacional no direcionamento de contratos e prestação de contas fraudulentas.









