Veja – O ministro da Justiça, Sérgio Moro, esquivou-se das críticas em relação à sua ausência nos debates em torno da pandemia do coronavírus. “É uma crise de saúde, não é uma crise de segurança”, afirmou.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pela revista Veja. Moro não tem se posicionado de forma enfática em relação à pandemia de covid-19 no Brasil, seja em concordância ou não com o presidente Jair Bolsonaro.
O ex-juiz não teceu grandes comentários sobre a atuação dos governadores na crise ou sobre a confiabilidade de utilizar cloroquina ou hidroxicloroquina no tratamento da doença. O ministro teria afirmado se sentir injustiçado com as críticas em relação à falta de ações. “Não tem como prender o vírus”, disse.
O ministro é criticado por bolsonaristas, que temem uma oposição de Moro em relação ao presidente e, com isso, um possível aumento de prestígio do ex-juiz no governo, vislumbrando uma suposta vitória em eleições futuras. Para os apoiadores do presidente, Moro deveria usar sua popularidade e influência para endossar as falas de Bolsonaro, que minimiza a crise do coronavírus e sugere o fim das medidas de isolamento social.
O presidente também estaria insatisfeito com a postura do ministro, sugerindo que, ao se abster dos comentários sobre a crise, ele estaria sendo egoísta. “Só cuida dos próprios interesses”, teria dito Bolsonaro.
O Ministério da Justiça afirma que há um plano de contingência pronto e atuará com as Forças Armadas, caso necessário, se houverem protestos violentos. No último dia 8, Moro também pediu que juízes não soltassem presos por corrupção devido à pandemia. “Não podemos esmorecer em relação ao desvio da administração pública. Pode gerar um certo sentimento de impunidade ou afronta”, disse.







