Do Fala PE — Após a operação da Polícia Federal na Secretaria de Saúde de Jaboatão dos Guararapes, o candidato a prefeito da cidade pelo MDB, Daniel Alves, lamentou o caso: “é muito triste ver Jaboatão sendo alvo da PF. Isso é vergonhoso e tudo deve ser esclarecido”.
Daniel Alves também afirmou que “a Polícia Federal seja bem-vinda na cidade para investigar onde está sendo empregado o recurso que deveria ser utilizado no combate à Covid-19, que foi enviado pelo Ministério da Saúde. O único Hospital de Campanha que tínhamos foi fechado por suspeita de superfaturamento no contrato firmado entre a Prefeitura de Jaboatão e a empresa responsável por administrar a unidade de saúde”, concluiu.
Relembre

Supostas irregularidades em contratação de organização social de saúde (OSS) para gerenciamento de serviços de saúde pela Prefeitura Jaboatão dos Guararapes foi alvo, na última quarta-feira, 16, da Operação Desumano. Os recursos liberados pelo Sistema Único de Saúde eram para medidas de combate à covid-19.
Na ação, que teve o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado de Pernambuco (Gaeco/PE), cerca de 80 policiais federais e 8 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) deram cumprimento a um mandado de prisão temporária e 21 de busca e apreensão: 16 em Recife, três em Jaboatão dos Guararapes, um em Olinda e um em Paulista, também no Grande Recife.
Os levantamentos iniciais efetuados pela CGU e pelos órgãos parceiros identificaram irregularidades na execução dos valores. A empresa investigada foi favorecida pela dispensa de licitação em dois processos. Juntos, eles somam quase R$ 58 milhões. As análises e diligências efetuadas concluíram ainda que os municípios investigados contrataram a organização social para atuar na terceirização de serviços de saúde, sem que esta detivesse requisitos formais e capacidade operacional, patrimonial e financeira compatíveis com os serviços pactuados. “Há indícios de possível direcionamento, por parte de agentes públicos dos municípios, bem como possíveis pagamentos indevidos, mediante desvios de recursos na execução dos contratos”, explicou a PF.