Da Redação do Blog – Em uma entrevista exclusiva ao Blog do Ricardo Antunes, o Secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Daniel Coelho, abordou a polêmica envolvendo críticas de artistas pernambucanos ao Carnaval da Prefeitura do Recife, destacando a importância de preservar a identidade cultural e valorizar os artistas locais.
O questionamento inicial do blog foi direcionado à presença de atrações da Bahia na abertura do Carnaval, como Olodum e Gilberto Gil, o que levou artistas pernambucanos, como Almir Rouche, André Rio, Gerlane Lopes e Marrom Brasileiro, a expressarem insatisfação, alegando que o evento parece mais um festival de música do que uma celebração carnavalesca.
Daniel Coelho esclareceu que a grade do Marco Zero do Recife, local da abertura do Carnaval, é de responsabilidade exclusiva da prefeitura, sem interferência do governo estadual. Ele enfatizou que as atrações contratadas pelo governo estadual circulam na capital e são focadas em cultura popular e artistas pernambucanos, incluindo blocos de grande porte como Cabeça de Touro e Virgens do Bairro Novo, em Olinda, além de trios elétricos.

O secretário ressaltou que as contratações artísticas do governo do estado seguem a orientação da Governadora Raquel Lyra, valorizando artistas locais, a cultura popular e elementos que representem a história e tradição pernambucanas. Ele destacou que o diálogo com os municípios é constante, visando alinhar as programações às diretrizes culturais do estado.
Quando questionado sobre a percepção dos artistas pernambucanos de que foram relegados ao palco principal em anos anteriores, Daniel Coelho reiterou seu compromisso em seguir as orientações da Governadora Raquel Lyra. Ele evitou entrar em polêmicas, afirmando que seu papel como secretário de turismo é defender os valores do Carnaval, promover o diálogo e deixar que cada município defenda suas escolhas.
O secretário encerrou a entrevista ressaltando a importância do debate e reafirmando a necessidade de preservar e valorizar a cultura local durante o Carnaval. A polêmica levantada pelos artistas pernambucanos destaca a complexidade na gestão cultural de grandes eventos, onde a diversidade de opiniões e interesses precisa ser considerada para garantir uma celebração que reflita a riqueza cultural do estado.
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