De O Antagonista — José Luiz Datena admitiu a O Antagonista as conversas com o PDT de Ciro Gomes. O apresentador, recém-filiado ao PSL, que o colocou como pré-candidato ao Planalto, disse que, a depender do resultado da fusão do seu atual partido com o DEM, poderá mudar de barco de novo. “Até agora, eles não reafirmaram isso e estou achando estranho.”
A iminente fusão do PSL com o DEM tem outros dois pré-candidatos ao Planalto: Rodrigo Pacheco e Luiz Henrique Mandetta, ambos demistas. “Por que topo ser vice do Ciro e não do Pacheco ou do Mandetta? É muito simples: porque acho, respeitando os dois, o Ciro muito melhor candidato.” Datena aproveitou para se queixar das pesquisas que não tem testado o nome dele no primeiro cenário da corrida presidencial. “Eu só pré-candidato do PSL, mas apareço só no terceiro ou no quarto cenário. O João Doria, por exemplo, nem pré-candidato é ainda, porque precisará passar pelas prévias do PSDB, e aparece em todos os cenários de pesquisas. Isso eu não entendo.”
Datena afirmou acreditar que tem algo em torno de 7% ou 8% das intenções de voto para o Planalto. “Com mais 11% ou 12% do Ciro, a gente poderia quase ‘pegar’ o Jair Bolsonaro hoje, a um ano das eleições”, acrescentou ele, reforçando possibilidade de ser vice do pedetista. O apresentador disse que mantém sua disposição para encarar uma disputa nacional, mas não descartou as chances de ser candidato ao governo ou ao Senado por São Paulo. Hoje, ele se reunirá com Márcio França e Geraldo Alckmin. “Está todo mundo ouvindo todo mundo. Então, vou ouvi-los também. A prudência me diz para decidir até dezembro ou janeiro.”
Na semana passada, Carlos Lupi, presidente do PDT, confirmou a O Antagonista que o partido tenta atrair Datena. “É verdade. Ele pode ser vice do Ciro, candidato a governador ou ao Senado por São Paulo.”