Do JC – Pouco mais de um mês após ser afastado das funções por determinação da Secretaria de Defesa Social (SDS), o delegado Luiz Alberto Braga, que atirou na perna de um jovem na ilha de Fernando de Noronha, tenta retornar às atividades. A defesa dele ingressou na Justiça com uma ação e pedido de tutela antecipada para suspender os efeitos da portaria administrativa.
Os advogados argumentam que o delegado possui “diversos elogios funcionais, sejam individuais e/ou coletivos” e que ele foi surpreendido com a portaria “sem que houvesse sequer qualquer notificação ou citação para responder ao processo administrativo com contraditório e ampla defesa”.
Luiz foi afastado por 120 dias das atividades, além de ter sido obrigado a entregar armas de fogo e outros itens funcionais, após a confusão que aconteceu numa festa no Forte dos Remédios, na madrugada de 4 de maio.
A defesa pontua na ação que, além de perdas financeiras, “a falta de sua de arma de fogo e instrumentos funcionais pode trazer prejuízos irreparáveis ao autor [delegado], como ser vítima de uma tocaia por criminosos e organizações criminosas”.
A ação está sob análise da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital, e deve ser julgada nos próximos dias.
RELEMBRE O CASO
O delegado teria ficado com ciúmes após observar que Emmanuel Gonçalves Apory teria assediado a namorada dele. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Luiz abordou o jovem e chegou a empurrá-lo duas vezes antes do início de uma luta corporal. Encurralado, o delegado sacou a arma de fogo e atirou em Emmanuel.
A defesa de Luiz alegou, no inquérito, que houve legítima defesa. Mas ele acabou indiciado pelo crime de lesão corporal gravíssima, com base no laudo traumatológico.









